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Com 35 novos casos de
dengue registrados por dia, em média, Campo Grande (MS) enfrenta uma greve dos
agentes de saúde. Com informações da Folha.com.
Segundo o movimento
grevista, 60% dos 700 agentes municipais aderiram à paralisação desde janeiro.
A prefeitura, porém, afirma que cerca de 70% dos agentes estão trabalhando.
Em representação ao Ministério Público Federal, os
grevistas acusam a administração municipal de usar um inseticida vencido há
quase um ano. Afirma, ainda, que os equipamentos de proteção são
"ineficientes" e ameaçam a saúde dos funcionários que aplicam o inseticida.
A categoria reivindica o repasse integral, pela
prefeitura, de verbas federais destinadas pelo Ministério da Saúde para
incentivo aos servidores que atuam no combate a doenças epidêmicas.
"O que tem mais força: uma portaria
ministerial que determina valores a serem repassado a algumas categorias
profissionais ou um decreto municipal que dá outro direcionamento a
eles?", questiona a representação.
Em nota, a prefeitura afirma que o inseticida de
combate à dengue "tem validade até o fim do ano" e diz que os agentes
"utilizam todos os equipamentos preconizados pelo Ministério da
Saúde."
Em liminar concedida à administração municipal em
janeiro, o Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul declarou a greve dos
agentes ilegal. O fato, diz a prefeitura, impede a negociação. Para o advogado
dos grevistas, Gustavo Santos, a liminar é "inválida" porque se
direciona a sindicato "inexistente".
PARANÁ
O Paraná registrou um aumento de 78% nos casos
confirmados de dengue entre 1º de dezembro de 2010 e 18 de fevereiro em
comparação com 2009/2010: foram 1.783 casos contra 997.
Segundo o superintendente de Vigilância em Saúde,
Sezefrido Paz, os números refletem a redução, ao longo de 2010, de agentes que
atuam no controle da doença.
Em Londrina, afirma Paz, a nebulização era feita
por empresa terceirizada, que reduziu o número de funcionários em 1/3 quando o
contrato acabou, no ano passado.
A cidade registra 35% dos casos no PR. Dos 638
confirmados neste ano, 22 são da forma grave da doença. Uma mulher de 64 anos
morreu.
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