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Libertado
após 12 dias de detenção no Egito, o jovem executivo da gigante da internet
Google Wael Ghonim afirmou que beijou os soldados que vendaram seus olhos e o
agrediram durante o período que ficou preso.
"Tirei
a venda dos olhos e disse 'olá', e beijei cada um deles", disse o diretor
de marketing do Google para o Oriente Médio e a África do Norte em uma
entrevista ao programa 60 Minutes do canal americano CBS, exibida no domingo.
Ghonim
ganhou destaque ao se tornar um porta-voz das manifestações que exigiam a
renúncia do presidente Hosni Mubarak. "Estava enviando uma mensagem",
disse.
O
executivo de 30 anos explicou que as agressões não foram sistemáticas. "Eu
os perdoei, devo dizer. Eu os perdoo porque eles estavam convencidos de que eu
estava prejudicando o país", destacou.
Ghonim
afirmou que estava por trás da página do Facebook "Todos somos Khaled
Said", a qual se atribui parte da responsabilidade nas mobilizações pela
democracia que dominaram o país.
A
Google fez uma grande campanha pela libertação de Ghonim, quando ele
desapareceu no Cairo em 27 de janeiro.
Quando o regime do Egito cortou o acesso à internet no fim de janeiro para tentar sufocar as manifestações contra o governo, o Google uniu forças com o Twitter para criar uma ferramenta que permitira aos egípcios "tuitar" por telefone.
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