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Foto:
Agência Brasil
Depois
de 18 dias de protesto contra o governo do Egito, o presidente do país, Hosni
Mubarak, de 82 anos, renunciou hoje (11) ao cargo. Ele passou quase três
décadas no poder. A decisão foi anunciada em um comunicado na rede estatal de
televisão.
Após
o anúncio de Mubarak, os manifestantes reunidos na Praça Tahrir, que virou uma
espécie de símbolo para as manifestações no Egito, e em vários locais do país
comemoraram. Os manifestantes prometeram intensificar os protestos, caso
Mubarak insistisse em se manter no cargo.
Autoridades
egípcias confirmaram que Mubarak e a família deixaram o Cairo, pela manhã, em
direção ao resort de Charm el-Cheikh, no Mar Vermelho. O resort fica a 250
quilômetros do Cairo. Helicópteros foram vistos deixando a residência oficial
do presidente na manhã desta sexta-feira.
Em
Brasília, a Embaixada do Egito no Brasil informou que não prestará
esclarecimentos sobre a renúncia de Mubarak nem sobre como será o funcionamento
do governo provisório. De acordo com a assessoria da representação diplomática,
se houver algum tipo de manifestação, ela será feita por meio de comunicado
enviado aos veículos de imprensa por e-mail.
Nos
18 dias de protestos contra Mubarak, a embaixada se manifestou em uma ocasião –
em uma nota, na qual pediu desculpas ao governo brasileiro pelo tratamento
dispensado pelas autoridades egípcias aos repórteres Corban Costa, da Rádio
Nacional, e Gilvan Costa, da TV Brasil. Corban e Gilvan foram presos por 18
horas, tiveram os olhos vendados e os equipamentos apreendidos.
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