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Aproveitando
o boom dos preços dos alimentos, que atingiram em janeiro as maiores cotações
em 21 anos no mundo, o valor das terras no Brasil disparou. No fim de 2010, o
preço médio da terra alcançou níveis recordes e a maior valorização anual desde
2008, revela pesquisa Informa Economics / FNP.
No
Sudeste, Nordeste e Norte, o preço do hectare, que equivale a 10.000 metros
quadrados, chegou a dobrar em algumas regiões entre janeiro e dezembro de 2010.
Em áreas do Sul do País, houve alta de até 92,3% no mesmo período, como nas
terras de pastagens de Cerro Azul (PR). A maior variação ocorreu em Aripuanã
(MT), no Centro-Oeste. Lá a cotação do hectare de mata de difícil acesso,
destinada a reserva florestal, subiu 105,6%, de 170 reais para 350 reais por
hectare.
Mas
as terras mais valiosas do País estão no Sul e Sudeste, regiões dotadas de
melhor infraestrutura. Quem liderou o ranking das terras mais caras em 2010
foram as várzeas para arroz em Rio do Sul (SC). O hectare fechou o ano valendo
43.000 reais, alta de 23% em 12 meses. Na sequência, estão Ribeirão Preto e
Sertãozinho (SP), onde um hectare custava em dezembro de 2010 24.000 reais, com
alta de 20% em um ano.
O
levantamento, que mapeou os preços à vista de negócios fechados em 133
microrregiões do Brasil, mostra que o movimento de alta de preços das terras em
2010 foi generalizado: de áreas de mata e pastagem às terras roxas para café,
cana e grãos.
Na média do País, o preço de um hectare atingiu no último bimestre do ano passado 5.017 reais, com alta de 9,1% em relação a janeiro de 2010, índice que é quase o dobro do registrado em 2009 (5%). Descontada a inflação oficial de 2010, de 5,91%, o aumento real do preço da terra foi de 3,2%.
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