Ribeirão Preto tem o janeiro mais seco em 11 anos

O
ano de 2011 começou seco em Ribeirão Preto (a 313 km de São Paulo). O mês de
janeiro, tipicamente chuvoso, registrou baixo índice de precipitação: foram
185,6 mm (cada milímetro equivale a um litro de água por metro quadrado) ante a
média histórica de 308,7 mm, -40% a menos.
O
acumulado é mais baixo ainda do que o do mesmo mês de 2000, quando janeiro
fechou com 188,8 mm de chuva. Os dados são da Defesa Civil do Estado de São
Paulo.
A
explicação, segundo o órgão, é que a área esteve sob influência do La Niña,
fenômeno de resfriamento das água do oceano Pacífico, na região do Equador, que
afeta o regime de ventos.
Segundo
Daniele Otsuki de Lima, meteorologista da Defesa Civil, o fenômeno La Niña traz
chuva mais irregular, com grande variabilidade de local. Em janeiro, a
precipitação se concentrou mais no leste do Estado.
"Uma
frente fria ficou estacionada na região e, alimentada pela umidade que vem da
Amazônia, ocasionou mais chuva", disse.
Na
capital, o acumulado de chuvas do mês foi maior do que o dobro da média do
período. Foram registrados 494,5 mm ante a média histórica de 238,7 mm.
Apesar
do mês seco em Ribeirão, a chuva no mês de fevereiro deve superar em 40% a
média do período, segundo estimativa da Defesa Civil.
De
acordo com o Cptec (Centro de Previsão do Tempo e Estudos Climáticos), há
possibilidade de chuva forte, inclusive com queda de granizo, até a
quarta-feira.