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O fim da tarifa de importação do etanol brasileiro por
países europeus pode estar próximo. O tema está na pauta da reunião entre o
Mercosul e a União Europeia (UE), marcada para março em Bruxelas, na Bélgica,
que se destina a discutir a viabilidade de um acordo de livre comércio.
O representante da UE no Brasil, o embaixador português João
José Soares Pacheco, disse à Agência Brasil que até 2020 os combustíveis
utilizados em automóveis no bloco europeu devem ter pelo menos 10% de fontes
renováveis, como o etanol e o biodiesel.
O embaixador disse que, com esta a medida, o bloco cumpre
uma das determinações para reduzir a emissão de gases de efeito estufa. Prestes
a deixar o país para assumir a função de diretor-geral adjunto da Comissão
Europeia, ele reconheceu que a UE precisará importar boa parte deles.
“Não conseguimos competir com o etanol produzido a partir de
cana-de-açúcar no Brasil. Nem nós nem os norte-americanos, isso é muito claro.
Portanto, vamos precisar de importar”, afirmou. No Brasil, onde a legislação
para “combustíveis verdes” é mais avançada, a mistura obrigatória de etanol na
gasolina é de 25%.
O embaixador disse ainda que qualquer país da África, onde o
Brasil desenvolve programas de implementação e expansão do plantio de
cana-de-açúcar, por meio da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária
(Embrapa), já pode exportar para a UE sem pagar nenhuma tarifa. “O Brasil ainda
tem que pagar, mas esse é um tema que está na pauta de negociação da União
Europeia com o Mercosul”, afirmou.
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