Leishmaniose preocupa em Andradina região

Apesar de não aparecer em dados da CVE, Andradina

Época de chuvas pode aumentar o risco da doença. Foto: Divulgação


Apesar da cidade de Andradina ter um caso de Leishmaniose registrado em um garoto de 1 anos no mês de setembro, o dado ainda não aprece nas informações do Centro de Vigilância Epidemiológica ligado a secretaria de saúde do Estado de São Paulo.

 

Dados atualizados até o dia 30 de setembro mostram que a leishmaniose está preocupando na região. Em Castilho e Pereira Barreto foram registrados dois casos, já em Ilha Solteira e Mirandópolis 1 caso. Uma pessoa morreu na cidade de Araçatuba vítima da doença.

 

A cidade de Andradina não aparece nos dados do CVE, mas em setembro deste ano foi caso de confirmado um caso de leishmaniose em um garoto de 1 ano morador do bairro Peliciari. “Realmente temos uma criança – que o nome será preservado -, que contraiu leishmaniose. O caso foi descoberto no início do mês de setembro e a criança já está sendo tratada”, explicou a enfermeira Sandra Gomes na época ao Jornal da Região.

 

O que é?

 

A leishmaniose visceral é uma zoonose que pode afetar o homem. É infecciosa, mas não contagiosa. Acomete vísceras, como o fígado e o baço, podendo ocasionar aumento de volume abdominal.

 

 Qual o microrganismo envolvido?

 

É causada por protozoário da família Tripanosoma, gênero Leishmania e espécie Leishmania chagasi.

 

 Quais os sintomas?

 

Os sintomas mais freqüentes são febre e aumento do volume do fígado e do baço, emagrecimento, complicações cardíacas e circulatórias, desânimo, prostração, apatia e palidez. Pode haver tosse, diarréia, respiração acelerada, hemorragias e sinais de infecções associadas. Quando não tratada, a doença evolui podendo levar à morte até 90% dos doentes.

 

Como se transmite?

 

A LV é transmitida ao homem por meio da picada do inseto vetor (Lutzomyia longipalpis) conhecido popularmente como "mosquito-palha, birigui, asa branca, tatuquira e cangalhinha". Esses insetos têm hábitos noturnos e vespertinos, atacando o homem e os animais principalmente no início da noite e ao amanhecer.

 

No Brasil, não há registro de transmissão direta de pessoa para pessoa.

 

 Como tratar?

 

O SUS oferece tratamento específico e gratuito para a doença. O tratamento é feito com uso de medicamentos específicos a base de antimônio, repouso e uma boa alimentação. A droga de primeira escolha para tratamento de casos de LV é o antimoniato de N-metil glucamina (Glucantime®). Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a dose do Glucantime® deve ser calculada em mg/Sb+5/Kg/dia, Sb+5, significando antimônio pentavalente. O esquema de tratamento é de 20 mg/Sb+5/Kg/dia por um período de 20 a 30 dias. Para os pacientes graves e gestantes, a droga de escolha é a anfotericina B, na dose de 1mg/Kg/dia por um período de 14 a 20 dias, não ultrapassando a dose diária de 50mg. É importante reforçar que quanto antes o doente procurar orientação médica e tratamento, maior a possibilidade de recuperação e cura.

 

Como se prevenir?

 

As medidas preventivas visam a redução do contato homem-vetor, podendo ser realizadas medidas de proteção individual, dirigidas ao vetor e à população canina, tais como: uso de mosquiteiros com malha fina, telagem de portas e janelas, uso de repelentes, manejo ambiental, através da limpeza de quintais, terrenos e praças, eliminação de fontes de umidade, não permanência de animais domésticos dentro de casa, eliminação e destino adequado de resíduos sólidos orgânicos, entre outras medidas de higiene e conservação ambiental que evitam a proliferação do inseto vetor.

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