O
número operações cesarianas cresceu cerca de 10% no país de 2000 a 2007,
passando de 38% para 47%, de acordo com o estudo Saúde Brasil 2009, divulgado
nesta sexta-feira pelo Ministério da Saúde. A OMS (Organização Mundial da
Saúde) recomenda que a cirurgia represente, no máximo, 15% dos partos.
Mulheres
com mais de 12 anos de estudo são as que mais fazem o procedimento, sobretudo
nas regiões Sudeste, Sul e Centro-Oeste.
De
acordo com o levantamento, o Sudeste concentra o maior percentual de cesáreas,
que passou de 46,3%, em 2000, para 54,2%, em 2007. A menor taxa ficou com o
Norte, 35,3%, em 2007.
A
publicação compara o índice de recém-nascidos abaixo do peso (menos de 2,5
quilos) com o tipo de parto. As regiões com alto índice de cesáreas, Sudeste e
Sul, registravam também o maior número de bebês com baixo peso, 9,2% e 8,7%,
respectivamente, em 2007. Para o ministério, a relação levanta a hipótese de
que a cesariana está relacionada ao alto percentual de bebês com baixo peso
nessas duas regiões.
De
acordo com a pesquisa Saúde Brasil, o país reduziu em quase 10% o número de
nascimentos, de 2000 a 2008. Foram 3,2 milhões, em 2000, contra 2,9 milhões, em
2008.
A
Região Norte foi a única a registrar aumento no número de nascimentos,
equivalente a 8,2%. Para o ministério, o crescimento é resultado da ampliação
do sistema que verifica a taxa de natalidade no país. A maior queda foi
constatada no Sul, 17,7%.
Conforme
o levantamento, diminuiu o grupo de mães adolescentes nesse período. Na faixa
etária de 15 a 24 anos, a queda foi de quase 93%. Mais da metade dos partos de
meninas nessa faixa etária ocorreram nas regiões Norte e Nordeste. Entre as
mulheres de 25 a 44 anos, o Sudeste tem maior concentração de partos.
A
idade média das mães brasileiras também subiu, de 25,1 anos, em 2000, para
25,7, em 2007.