Chega
às lojas nesta terça-feira, dia 14, quase um ano e meio após sua morte,
"Michael", o primeiro álbum póstumo de Michael Jackson. Convidados do
quilate de Lenny Kravitz, Akon e 50 Cent foram escalados para contribuir no CD
de dez faixas.
Mas,
mesmo com todo o poder da memória, será que um disco de Michael Jackson pode
ser bom sem o showman por perto? Em processo de produção na época da morte de
Jackson, o projeto gerou muita controvérsia. Supervisionado pelos
administradores do espólio do cantor, "Michael" tem músicas que
estavam nos mais variados estágios de gravação e que foram confiadas a
colaboradores top de linha para a finalização.
Will.I.Am,
do Black Eyed Peas, acha o produto "desrespeitoso". Para ele, um CD
de Michael Jackson sem a edição do próprio pode ser um desastre, uma vez que o
mestre era conhecido por sua atenção aos detalhes.
Alguns
estão mais otimistas. "Não é como se tivessem encontrado uma pilha de
gravações velhas e juntado tudo em um 'caça-níqueis'". São canções com as
quais ele estava envolvido”, opina Pup Dawg, diretor musical da rádio JAMN
94.5, de Boston (EUA).
A
verdadeira questão é: será que o álbum está à altura do resto do trabalho de
Michael Jackson? Alguns membros da indústria musical ainda têm dúvidas, mas os
fãs pouco se importam e devem comprá-lo. Um CD problemático do cantor, morto
aos 50 anos em 25 de junho do ano passado, é melhor do que nada.
"A música com Lenny Kravitz é um registro bem típico de Michael. Você ouve e ele está lá, em excelente forma", diz Geespi, diretor de programação da rádio Power 105.1, de Nova York. "Ainda é o Michael. Ainda é o maior astro de todos os tempos. Você preferiria não ouvir?", finaliza.