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Na foto, a Stylus T20, da Epson. Impressoras laser são mais caras, assim
como manutenção. Foto: Divulgação
Atualmente, a diferença de preço entre uma impressora comum doméstica e
uma multifuncional (que, além de imprimir páginas, ainda escaneia documentos e
tira cópias) é cerca de R$ 80. A primeira custa, em média, R$ 120. A segunda,
R$ 200. Os valores são tão próximos que, sem muita procura, é possível
encontrar equipamentos domésticos que somente imprimem até mesmo mais caros do
que essas máquinas que também copiam e escaneiam.
Veja o que você deve considerar antes de comprar uma impressora:
Simples ou completa?
Então, antes de sair de casa, o interessado deve responder à pergunta: o que
ele realmente precisa? Se a pessoa já tem em casa um scanner em boas condições,
logo, a tendência é que compre uma impressora. Caso ache que realmente não precisará
digitalizar documentos ou realizar cópias de papéis já impressos, a alternativa
mais simples ganha a frente novamente. Do contrário, mesmo pela questão
monetária, a multifuncional é o equipamento ideal.
Se a pessoa pensar quais serão as aplicações que usará, se souber o que
pretenderá com o eletrônico, já sai de casa com um ou outro na cabeça”, diz
Gino Gammarota, da Elgin Info, empresa que distribui impressoras Canon. “Feita
a primeira escolha, é hora de passar para a fase seguinte, que é escolher o
modelo de impressora ou de multifuncional de acordo com as características que
mais agradam.”
A maior parte das multifuncionais é vendida com softwares que ajudam o
usuário a gerenciar o scanner e a máquina. Trata-se de um diferencial que pode
ser observado no momento de optar por esse ou aquele modelo.
Especificações
Do ponto de vista da impressão de documentos, se o usuário não exigir grande
desempenho da máquina, equipamentos que fazem o trabalho a uma velocidade em
torno de 20 páginas por minutos (ppm) dão conta do recado.
Por motivos monetários e de custo-benefício, o indicado para usuários
domésticos, de acordo com os entrevistados pelo UOL Tecnologia, são máquinas
“movidas” a jato de tinta. Impressoras a laser, geralmente adotadas em ambiente
profissional, são mais caras (média de R$ 400), assim como sua manutenção. O
toner sai por volta de R$ 200, mas sua vida útil é bem maior. Cartuchos
originais. Os cartuchos originais de tinta podem custar a partir de R$ 18, de
acordo com o fabricante e com o modelo da impressora.
“Como tudo depende do uso que a pessoa fará, não há uma receita para
escolher o equipamento. Mas para o usuário de pequeno porte, quanto mais
simples, melhor. A principal dica, que independe do caso, é optar sempre por
máquinas de empresas conhecidas”, diz Rosane Coutinho, gerente de produto da
SND, que distribui produtos da Epson. “Impressoras e multifuncionais são o tipo
de máquina que, se for dar problema, dá na hora. Se depois de instalada
funcionar, ele terá um produto que dura anos com o mínimo de manutenção.”
Conexões
Há no mercado algumas multifuncionais e impressoras com suporte à
tecnologia Wi-Fi (internet sem fio). Pode ser uma opção viável para usuários
que irão compartilhar o equipamento com o restante da família ou que precisam
de mobilidade. Com essa alternativa, não é necessário usar um computador como
servidor (e cabos nele conectados), para quando for necessária uma impressão.
Outro item para ficar atento, mas que dificilmente o usuário encontrará na
caixa do equipamento, é um cabo USB para ligar a impressora ao computador. A
maior parte dos fabricantes não o distribui com o aparelho, forçando o usuário
adquiri-lo separadamente. Em alguns casos, a loja que vende o equipamento dá
como “brinde” o cabo. Mas, se não for o caso, separe mais uns R$ 3 para
comprá-lo.
Cartuchos oficiais
Uma vez escolhida a multifuncional ou a impressora, é hora de mantê-la
funcionando. E para que as impressões funcionem, é necessário alimentar o
equipamento com cartuchos de tinta ou toner, se a escolha for laser. Os preços
e modelos variam muito, de acordo com o fabricante e o “tipo” da tecnologia que
traz a tinta.
No mercado, há, grosso modo, quatro tipo de cartuchos: os oficiais, da
mesma marca das impressoras (de suas fabricantes), os compatíveis (fabricados
por outras empresas, mas que servem nas impressoras das grandes empresas), os
remanufaturas ou recondicionados (a partir do cartucho vazio, que levam carga
de tinta extra) e os falsificados (imitam os originais, mas são fabricados de
forma escusa).
Pode parecer óbvio, mas distribuidores oficiais e fabricantes dão a mesmo
dica quando o assunto é jato de tinta: somente trocá-los por outros oficiais.
Nada de compatíveis ou recarregáveis. “Como nunca se sabe de onde vemos
genéricos, pode ser que a impressão saia ruim ou vazea tinta e estrague o
equipamento”, diz Rosane, da SND. “Se isso ocorre, se o contratempo foi causado
por um material estranho, as fabricantes entendem que foi problema de
manutenção e isso caberia ao consumidor resolver. É um caso de pirataria.”
De acordo com os distribuidores entrevistados, o preço que se paga por um
cartucho recarregável não compensa a longo prazo. Além de poder danificar a
impressora, ele possivelmente gasta mais tinta do que sua versão “oficial”. “O
custo final de todo um processo de impressão pode sair muito, muito mais caro,
com gastoexcessivo de tinta ou quebra da multifuncional, graças a uma peça
adulterada”, comenta Gammarota.
Cartuchos recondicionados
De acordo com dados da Abreci (Associação Brasileira de Recondicionadores
de Cartuchos para Impressoras), um cartucho recondicionado custa de 60% a até
80% menos do que um original. Essas alternativas mais econômicas podem ser
recarregadas, em média, seis vezes sem apresentar problemascaso o processo seja
bem feito, ainda segundo a Abreci. Embora não haja um estudo sobre o assunto, a
associação estima que 20% do mercado brasileiro seja movimentado por essa
alternativa aos cartuchos oficiais.
“Se o serviço for mal feito, é possível que o produto remanufaturado realmente
estrague a impressora ou multifuncional”, diz Cássio Rodrigues, colaborador da
Abreci, que ministra palestras pelo país sobre recondicionamento. “Há diferença
em recarregar e remanufaturar. No remanufaturamento, há um cuidado com o
invólucro, com as espumas, com a saída da tinta. Recarregar é somente o ato de
preencher com tinta e, isso sim, não é indicado.”
Aindade acordo com Rodrigues, é possível ao usuário saber se está
comprando um cartucho desses de boa qualidade. Basta ter bom senso. Chegar ao ponto
de venda e analisar como é a loja, se é reconhecida e confiável, é um bom
começo. O nome e as informações sobre a companhia que “renovou” o cartucho são
mais um motivo para dar voto de confiança. Por fim, se o vendedor ou a loja
derem garantia sobre o produto, é sinal de que ele pode mesmo ser à prova de
problemas.
“Claro que nunca há 100% de certeza. Mas há lojas que garantem trocar ou
reparar a impressora, caso o problema dela tenha começado a aparecer por conta
do cartucho remanufaturado”, conta Rodrigues. “Já cheguei em pontos de venda e
vi o atendente com um tipo de cinto de utilidades, como do Batman, com tintas,
cartuchos e uma espécie de seringa. Chegava o cliente, ele colocava a tinta no
cartucho na hora e entregava.” Obviamente, isso é o tipo de coisa que é
completamente errada. À prova de acertos.
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