O
Brasil está entre os três países que alcançaram a maior evolução no setor
educacional na última década. É o que apontam os resultados do Programa
Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa) de 2009, divulgados nesta
terça-feira.
A
prova é aplicada a cada três anos pela Organização para Cooperação e Desenvolvimento
Econômico (OCDE) e avalia o conhecimento de estudantes de 15 anos de idade em
matemática, leitura e ciências. No ano passado, participaram 65 países.
O
Brasil ingressou no Pisa em 2000. Desde então, a média entre as três provas –
considerando os resultados em leitura, matemática e ciências - subiu de 368
para 401 pontos. Nesse mesmo período, apenas dois países conseguiram melhorias
superiores aos 33 pontos alcançados pelo Brasil: Chile (mais 37 pontos na
média) e Luxemburgo (mais 38 pontos). Na média, os países-membros da OCDE
ficaram estagnados de 2000 a 2009, sem avanços.
Metas
O
Brasil estabeleceu metas de melhorias no Pisa, como as que já existem para o
Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb). Para 2009, o objetivo era
atingir 395 pontos, o que foi superado. Em 2021, o país precisa alcançar 473
pontos, média dos países da OCDE.
Na
avaliação do ministro da Educação, Fernando Haddad, o “pior momento” da
educação brasileira foi no início da década, entre 2000 e 2001, quando o país
ocupou a lanterna no ranking do Pisa. Segundo o ministro, essa tendência está
revertida e parte dos avanços se deve às mudanças no sistema de avaliação do
país, especialmente a criação do Ideb em 2005 que atribui e divulga nota para
cada escola pública.
“Não
tenho dúvida que isso impactou muito favoravelmente, mexeu com a educação no
Brasil. Em 2006, quando divulgamos pela primeira vez os resultados por escola,
informamos diretores, professores, passamos a fazer formação (de professores).
Estamos só colhendo os resultados dessa percepção de que a aprendizagem estava
afastada do cotidiano da escola”, afirma Haddad. O maior crescimento - de 17
pontos - se deu no último triênio (2006-2009), destacou o ministro.
O relatório da OCDE também destaca a criação do Ideb como ação importante para a melhoria dos resultados e aponta o Brasil como exemplo a ser observado por outros países com baixa proficiência.