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Ao concluir nesta quarta-feira, 24, as
considerações finais do processo contra o deputado federal eleito Francisco
Everardo Oliveira Silva, conhecido como Tiririca (PR-SP), o promotor de Justiça
do Ministério Público do Estado de São Paulo, Maurício Antônio Ribeiro Lopes,
pediu sua acusação por falsidade ideológica. “Eu pedi a condenação com base na prova
realizada no dia 11 e em um parecer técnico de uma fonoaudióloga do IMESC
[Instituto de Medicina Social e de Criminologia de São Paulo] que o considerou
analfabeto funcional”, declarou Oliveira . Mas mesmo assim, o promotor não acredita que
o deputado eleito seja preso, ainda que condenado. “Em termos práticos isso não
dá cinco minutos de prisão”, afirmou. Embora o artigo 350 do Código Eleitoral,
estipule pena de um a cinco anos de reclusão mais pagamento de multa por
declaração falsa ou diferente da que deveria ser escrita para fins eleitorais
em documento público, o promotor explica que a condenação pode ser comutada por
alguma punição mais branda. O MPE-SP investiga se o deputado mais votado
do país, com 1,3 milhões de votos, fraudou sua declaração de escolaridade
entregue à Justiça Eleitoral para efetuar o registro de campanha. A prova,
citada pelo promotor, foi realizada em novembro justamente para comprovar se
Tiririca sabe ou não ler e escrever. O processo será encaminhado à defesa, que
deve se manifestar em breve. Em seguida, o juiz da 1ª Zona Eleitoral de São
Paulo, Aloísio Sérgio Rezende Silveira, dará seu parecer. Independentemente da decisão do juiz,
Tiririca deve ser diplomado deputado, garante Oliveira. “[A condenação] Não vai
afetar o diploma porque, primeiro, não vai dar tempo de julgar até lá, mas cria
a possibilidade de o Procurador Regional Eleitoral impugnar a candidatura”,
afirmou.
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