Realizado no domingo, o Exame Nacional de
Desempenho dos Estudantes (Enade) registrou boicotes de alguns estudantes das
universidades federais do Rio de Janeiro (UFRJ), Minas Gerais (UFMG), Brasília
(UnB) e Bahia (UFBA), além da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), que
participa pela primeira vez do exame.
São convocados para fazer a prova estudantes
do primeiro e último ano dos cursos a serem avaliados. Como a participação na
prova é obrigatória para a obtenção do diploma, o índice de abstenção costuma
ser baixo. No entanto, entra ano sai ano, alunos boicotam a prova nacional.
Uma lei federal obriga as instituições
federais e particulares a aderirem à avaliação, mas ela é opcional para
faculdades estaduais e municipais. No boicote, o aluno comparece, mas deixa a
prova em branco. Dessa forma, não sofre consequências diretas. O boicote em
massa abaixa o conceito do curso, calculado pelo Ministério da Educação.
O estudante que falta no Enade pode tentar se
justificar oficialmente com o ministério - a data de abertura do processo para
recebimento de justificativas ainda não foi divulgada. Se a justificativa não
for aceita, o aluno tem de prestar o Enade no ano seguinte. Na edição de 2010,
227.000 alunos que deveriam ter feito o Enade em anos anteriores e querem
regularizar sua situação se inscreveram para a prova.
Neste domingo, cerca de 650.000 universitários de 19 cursos prestaram o Enade. Segundo o Ministério da Educação, a aplicação da prova ocorreu sem problemas em todo o país. O índice de abstenção, o gabarito oficial e os conteúdos das provas serão divulgados na terça-feira.