De acordo com pesquisa do Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgada nesta sexta-feira, 19, a
oferta de leitos hospitalares para internação foi de apenas 2,3 por mil
habitantes, número abaixo do padrão estabelecido pelo Ministério da Saúde - que
é de 2,5 a 3 por mil habitantes. O levantamento Estatísticas de Saúde -
Assistência Médico-Sanitária é referente ao ano de 2009.
Ainda sobre os leitos, apenas a região
Sul ficou dentro da média, com taxa de 2,6 leitos para cada mil habitantes. De
2005 para 2009, houve queda de 11.214 leitos para internação no País. Dos 431,9
mil registrados, 152,8 mil (35,4%) eram públicos, e 279,1 mil (64,6%),
privados. Houve 23,1 milhões de internações em 2008, queda de 0,2% em relação a
2004. Do total, 15 milhões foram no setor privado.
A pesquisa mostra também que o número
de estabelecimentos de saúde com internação está diminuindo no País. A desativação
de unidades privadas puxa essa queda. De 2005 a 2009, o setor privado perdeu
392 estabelecimentos com internação. No setor público, houve aumento de 112
unidades. A perda total no período, portanto, foi de 280 estabelecimentos do
tipo. Em 2009, havia 6.875 unidades com internação no País. As regiões que mais
perderam unidades privadas foram a Centro-Oeste e Nordeste. Só houve aumento na
oferta de serviços de internação na região Norte, mesmo assim pequena (2,3%).
Estrutura. A oferta de equipamentos hospitalares
de tecnologia mais avançada aumentou no País de 2005 para 2009, mas o Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) aponta que há excesso no setor
privado e escassez para pacientes do SUS.
Além disso, o IBGE apurou uma grande
diferença na distribuição regional destes equipamentos. Foi analisada a oferta
de mamógrafos, tomógrafos e ultrassom, entre outros. O maior aumento (118%) foi
registrado na oferta de aparelhos de ressonância magnética, de 415 estabelecimentos
em 2005 para 848 em 2009. Nesse caso, a média nacional era de 6,3 equipamentos
por milhão de habitantes em 2009, comparável à de países com a França (5,7).
No entanto, quando analisado
separadamente o grupo de pacientes do SUS, a taxa cai para 1,9 aparelho por
milhão. No caso dos pacientes de planos privados, a média foi de 19,8 pacientes
por milhão. Para tomografia computadorizada, a taxa brasileira é de 15,8
aparelhos por milhão, mas cai para 6 no SUS e chega a 44,3 para pacientes de
planos privados. A média na OCDE para tomógrafos é de 22,8 por 1 milhão.