Personagem de Chico Anísio com a célebre frase: “E o salário ó”. Foto
Globo /Divulgação
Uma enquete realizada no AndraVirtual mostra que a maioria os Internautas de Andradina e região
vão usar o 13º para pagar dívidas. 52,9 % disseram que irão quitar as contas com o
dinheiro extra do final de ano. 23,5 % disseram
que vão comprar presentes e a mesma porcentagem disse que vai viajar.
A primeira parcela do 13º
salário vai cair na conta da maioria dos brasileiros no próximo dia 30, embora
alguns trabalhadores já tenham recebido o dinheiro.
O benefício deverá
injetar, ao todo, R$ 102 bilhões na economia, segundo cálculos do Dieese
(Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos).
Assim que a grana sair, o
brasileiro deve priorizar o pagamento das dívidas do cartão de crédito e do
cheque especial, que têm os maiores juros, explica o vice-presidente da Anefac,
Roberto Vertamatti.
- Se o brasileiro estiver endividado no cheque
especial ou no cartão de crédito, ele deve usar todo o 13º para quitar essas
dívidas, ainda que ele tenha que fazer compras [de Natal] parceladas. Isso
porque o juro do cartão de crédito chega a 240% ao ano. O cheque especial chega
a 130% ou 140%. Então, o primeiro passo é ele acabar com a dívida.
Nos Estados Unidos, por exemplo, essas duas
modalidades também são as mais caras. Entretanto, os juros do cartão de crédito
vão de 40% a 50% ao ano, e os cheque especial vão de 20% a 25%, diz Vertamatti.
Carlos Stempniewski,
professor de finanças das Faculdades Rio Branco, concorda com o economista da
Anefac.
- Usar o dinheiro do 13º salário para o consumo
seria minha última opção: livre-se de dívidas!
O superintendente de empréstimos às pessoas
físicas do banco Santander, Rogério Estevão, explica que diminuir o
endividamento é o uso mais inteligente do 13º. Para os consumidores que não têm
a grana suficiente para pagar tudo o que deve, ele sugere a substituição do
débito por outro com juro menor.
- Se o consumidor tiver que fazer um
endividamento, que ele faça de forma mais planejada. Ele pode trocar a dívida
do cheque especial [e do cartão de crédito] a qualquer momento. No mercado, tem
uma série de produtos com taxas de juros mais baixas, como o crédito consignado
e o crédito parcelado. Com essas duas linhas, ele sai do cheque especial ou se
livra da dívida do cartão de crédito, com um prazo de 36 a 48 meses para pagar.