Os
candidatos que tiveram problemas neste sábado com o caderno de provas de cor
amarela do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) poderão refazer a prova se
sentirem lesados. Essa possibilidade será adotada “em último caso”, de acordo
com o Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais). O órgão
recebeu a informação de que algumas provas amarelas de um lote específico
tiveram problema de montagem e portanto não continham todas as 90 questões.
Calcula-se que o problema ocorreu em menos de 1% do total das provas,
totalizando cerca de 20 mil cadernos.
Para
evitar cola, o Inep faz versões diferentes da prova, cada uma identificada por
uma cor. Neste ano foram adotadas azul, amarelo, branco e rosa. As questões são
as mesmas, mas organizadas em ordem distinta. Em cada local há uma reserva
técnica de 10% de provas. Segundo o Inep, a maioria dos estudantes prejudicados
pode trocar o caderno. Por isso, a instituição acredita que seja pequeno o
número de estudantes que precisarão refazer o exame.
No
ano passado, o Inep teve que reaplicar a prova para estudantes de uma escola no
Espírito Santo que ficou alagado no dia do Enem. Esses candidatos fizeram o
exame junto com a aplicação que é feita para os presidiários posteriormente.
Neste ano, a prova dos presídios está marcada para 6 e 7 de dezembro e uma das
possibilidades é que os candidatos da prova amarela sejam reavaliados nesta
data.
Para
o presidente do Inep, Joaquim Soares Neto, os problemas com as provas amarelas
e o erro de impressão da folha de respostas não comprometeram o exame, que ele
classificou como "um sucesso".
"A missão foi cumprida. Me sinto orgulhoso de ter liderado um processo dessa dimensão. Todo processo dessa dimensão pode ter alguns problemas, mas não vejo como esses problemas de alguma forma podem minar o Enem", afirmou.