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Uma pesquisa no periódico americano WIREs Cognitive Science defende
que o progresso na robótica será tão grande nos próximos anos a ponto de um
time de futebol composto por robôs ser capaz de derrotar os maiores craques de
carne e osso. A análise revela como a construção de robôs que jogam futebol
está favorecendo o desenvolvimento de inteligência artificial e tecnologia
robótica que poderá ser usada em missões de busca e atividades em casa.
O cientista australiano Claude Sammut, diretor do
Centro de Excelência para Sistemas Autônomos da Universidade de New South Wales
(Austrália) e autor do artigo, avaliou os resultados da RoboCup, uma competição internacional anual de futebol
entre robôs, que ocorreu este ano em Cingapura. De acordo com o especialista,
"o futebol é uma atividade útil para cientistas que desenvolvem
inteligência artificial em robôs". Isso porque, segundo Sammut, as
máquinas precisam perceber o ambiente, usar seus sensores e construir um modelo
para tomar decisões e ações apropriadas. O australiano explica que os robôs
conseguem se localizar e se orientar reconhecendo pontos específicos do campo
de futebol, como as traves e as linhas laterais.
Os organizadores da RoboCup esperam que o futebol
seja o elemento motivador para que engenheiros de todo mundo possam aplicar os
conceitos de inteligência artificial em missões de busca e tarefas de casa.
Contudo, enquanto um campo de futebol é estruturado e conhecido previamente, as
casas e ambientes de busca são completamente diferentes e variáveis. Nesses
casos, explica Sammut, os robôs precisam mapear os arredores e reagir
instantaneamente, o que requer avanços maiores na tecnologia de inteligência
artificial.
Os engenheiros da RoboCup esperam construir um
"time dos sonhos" composto apenas por robôs, capaz de derrotar a
seleção campeã da Copa do Mundo de futebol. "Em 1968, John McCarthy e
Donald Michie apostaram com o campeão de xadrez David Levy que nos 10 anos
seguintes um programa de computador seria capaz de derrotá-lo", disse
Sammut. "Levou-se um pouco mais de tempo mas esses programas passaram a
existir. É com esse mesmo espírito que pretendemos daqui a 10 copas, ou até
2050, desenvolver uma equipe de robôs completamente autônoma que conseguirá
vencer a equipe campeã do mundo".
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