Em 1º de setembro, a Apple anunciou a segunda versão de sua Apple TV,
aparelho que fornece conteúdo sob demanda à TV. A iniciativa não é nova. Desde
os serviços pay-per-view, passando pela TiVo (que permite gravar programas em
um disco rígido), o conteúdo sob demanda já apareceu em diversas frentes.
A novidade são os serviços cujo conteúdo depende
do streaming --é baixado da internet em tempo real--, dispensando sinal da
antena, TV a cabo ou mesmo digital.
Com a internet cada vez mais rápida e
telespectadores que fogem da TV para ir ao YouTube, a tecnologia é uma tentativa
de rentabilizar um segmento em crise.
A Apple TV é o cúmulo da tendência, já que o
aparelho nem possui armazenamento: todo o conteúdo é transmitido por streaming,
sendo impossível guardar vídeos.
É muito arriscado dizer, contudo, que o conteúdo
por streaming seja a evolução da TV, uma vez que sofre resistência inclusive
dos próprios telespectadores.
No caso da Apple TV, o chamariz são os preços:
filmes a US$ 4,99 e episódios de seriados a US$ 0,99. Mas, para rever os
vídeos, é necessário novo pagamento.
A Amazon não perdeu tempo e começou a cobrar o
mesmo pelas suas séries horas após a Apple mencionar os preços. Na feira de
eletrônicos IFA, a Sony demonstrou o Google TV.
As empresas que investem nesse mercado têm como
obstáculo adicional, muitas vezes, a oposição dos próprios estúdios, que temem
perder a receita da venda de mídias físicas como DVDs ou Blu-rays.
NO BRASIL
Se você conhece os serviços norte-americanos e
acha que mora no país errado, saiba que no Brasil há empresas entrando no ramo.
O mais recente, Assista Já, aposta em uma caixinha
que pode ser ligada à TV. Mas o Brasil conta com um entrave adicional para a entrada do streaming
de vídeo no mercado: a banda larga é lenta e cara. Além disso, de acordo com
pesquisa da consultoria Teleco, apenas 6,32 em cada cem brasileiros possuíam
banda larga no primeiro semestre deste ano.
Streaming, serviço que baixa conteúdo em tempo real, chega à TV
Streaming, serviço que baixa conteúdo em tempo real, chega à TV
