Enem: saiba como deve ser 1ª prova de inglês e espanhol
Enem: saiba como deve ser 1ª prova de inglês e espanhol

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Este ano, o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) cobrará a competência em língua estrangeira moderna pela primeira vez. Os estudantes optaram no momento da inscrição entre inglês e espanhol e devem enfrentar pelo menos 10 questões de uma destas línguas na prova do segundo dia do Enem, que cobra conhecimentos em matemática e português, além da redação.
“O modelo deve seguir a linha do Encceja (Exame Nacional para Certificação de Competências de Jovens e Adultos), que não cobra regras gramaticais. Devem cair questões de interpretação de texto e uso cultural da língua estrangeira”, afirma Mateus Prado, autor do “Guia Prático Novo Enem”, e presidente do Cursinho Henfil. Prado aposta em perguntas com enunciados em português e sobre situações cotidianas, simples.
Vocabulário básico, textos jornalísticos e publicitários devem compor a prova de língua estrangeira. “A prova não pode ter grandes dificuldades, porque tem caráter nacional e o ensino de língua inglesa é muito deficitário no País, fraco em geral”, avalia Alexandre Bacci, professor de inglês do Cursinho da Poli. O Enem deve buscar temas universais, que vislumbrem o Brasil inteiro, pois o perfil do estudante brasileiro é abrangente – o padrão dos jovens dos grandes centros urbanos não é o nacional.
Por isso, Bacci acredita na exigência de conhecimentos “extremamente básicos” de inglês.O estudante deve estar preparado para responder perguntas sobre o uso de palavras estrangeiras em anúncios publicitários, por exemplo. “O Encceja fez uma questão em um exame anterior sobre o porquê de um sabão em pó usar palavras em inglês em sua embalagem. A resposta correta era que o consumidor tem a percepção de que ‘o que vem de fora é melhor’”, exemplifica Prado.
Inglês e espanhol serão cobrados como uma ferramenta de acesso à cultura, provavelmente de forma genérica e abrangente. O candidato deve compreender instruções, identificar gêneros textuais e interpretar textos pequenos. Cristina Armagamijan, coordenadora-geral do colégio e do cursinho Objetivo, é reticente quanto a previsões, mas concorda que o Enem deve seguir os moldes do Encceja.
“Pelo o que observamos nos últimos anos, a prova de língua estrangeira do exame para jovens e adultos tem textos curtos, de três a quatro linhas. A do Enem também não deve ser difícil”, avalia. Cristina lembra que o inglês é uma língua globalizada, presente na internet, na informática e na indústria do cinema, e é nestes contextos que poderá ser cobrada.
Traduções de palavras estrangeiras incorporadas ao cotidiano brasileiro podem cair na prova, assim como a identificação de falsos cognatos (palavras aparentemente semelhantes, mas com significados diferentes). “O Enem não faz pegadinhas, não parte do princípio de que o aluno precisa saber o conceito, e sim de que na hora que ele precisar resolver um problema, irá conseguir. Mas é provável que os falsos cognatos apareçam”, analisa Prado. O professor, no entanto, acredita que os estudantes se sairão bem na prova: “As palavras em inglês são tão ligadas ao nosso dia-a-dia que será fácil para o estudante identificá-las e compreendê-las”.
“O modelo deve seguir a linha do Encceja (Exame Nacional para Certificação de Competências de Jovens e Adultos), que não cobra regras gramaticais. Devem cair questões de interpretação de texto e uso cultural da língua estrangeira”, afirma Mateus Prado, autor do “Guia Prático Novo Enem”, e presidente do Cursinho Henfil. Prado aposta em perguntas com enunciados em português e sobre situações cotidianas, simples.
Vocabulário básico, textos jornalísticos e publicitários devem compor a prova de língua estrangeira. “A prova não pode ter grandes dificuldades, porque tem caráter nacional e o ensino de língua inglesa é muito deficitário no País, fraco em geral”, avalia Alexandre Bacci, professor de inglês do Cursinho da Poli. O Enem deve buscar temas universais, que vislumbrem o Brasil inteiro, pois o perfil do estudante brasileiro é abrangente – o padrão dos jovens dos grandes centros urbanos não é o nacional.
Por isso, Bacci acredita na exigência de conhecimentos “extremamente básicos” de inglês.O estudante deve estar preparado para responder perguntas sobre o uso de palavras estrangeiras em anúncios publicitários, por exemplo. “O Encceja fez uma questão em um exame anterior sobre o porquê de um sabão em pó usar palavras em inglês em sua embalagem. A resposta correta era que o consumidor tem a percepção de que ‘o que vem de fora é melhor’”, exemplifica Prado.
Inglês e espanhol serão cobrados como uma ferramenta de acesso à cultura, provavelmente de forma genérica e abrangente. O candidato deve compreender instruções, identificar gêneros textuais e interpretar textos pequenos. Cristina Armagamijan, coordenadora-geral do colégio e do cursinho Objetivo, é reticente quanto a previsões, mas concorda que o Enem deve seguir os moldes do Encceja.
“Pelo o que observamos nos últimos anos, a prova de língua estrangeira do exame para jovens e adultos tem textos curtos, de três a quatro linhas. A do Enem também não deve ser difícil”, avalia. Cristina lembra que o inglês é uma língua globalizada, presente na internet, na informática e na indústria do cinema, e é nestes contextos que poderá ser cobrada.
Traduções de palavras estrangeiras incorporadas ao cotidiano brasileiro podem cair na prova, assim como a identificação de falsos cognatos (palavras aparentemente semelhantes, mas com significados diferentes). “O Enem não faz pegadinhas, não parte do princípio de que o aluno precisa saber o conceito, e sim de que na hora que ele precisar resolver um problema, irá conseguir. Mas é provável que os falsos cognatos apareçam”, analisa Prado. O professor, no entanto, acredita que os estudantes se sairão bem na prova: “As palavras em inglês são tão ligadas ao nosso dia-a-dia que será fácil para o estudante identificá-las e compreendê-las”.