"Eu colocaria meu filho no lugar da Nayara", afirma comandante
"Eu colocaria meu filho no lugar da Nayara", afirma comandante

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O Comandante do Batalhão de Choque, Coronel Eduardo Felix de Oliveira, responsável pelo Gate, defendeu a ação e o trabalho de negociação do Batalhão durante o seqüestro das jovens Eloá Cristina Pimentel da Silva, de 15 anos, e Nayara Rodrigues da Silva, 15 anos. O comandante afirmou que o resultado final do seqüestro foi provocado pelo ex-namorado de Eloá Lindembergue Alves, 22 anos. "O Gate é um dos grupos mais bem preparados, não só do Brasil. A invasão só seria em último caso. Nós fizemos de tudo para preservar a vidas das três pessoas que estavam no apartamento. Quem provocou esse desfecho de invasão foi o responsável pela crise", afirmou o coronel. As garotas foram feitas reféns num apartamento da CDHU em Santo André, no ABC paulista, das 13h30 de segunda-feira até as 18h de sexta-feira.
"O final com lesão corporal, com as duas reféns feridas, foi provocado pelo agressor. O Gate tentou exaustivamente através da negociação. Nós fizemos de tudo. Encaramos como se um de nossos filhos estivesse lá dentro. Tudo o que pudemos fazer para preservar a vida dos três, nós fizemos", afirmou Felix.
"A ação do Gate foi totalmente estudada. Ninguém tomou decisão sozinho ou despreparado. São profissionais altamente qualificados, que enfrentam ocorrências com reféns praticamente todos os dias. Ele disparou em um momento desequilibrado. Como ele disparou, a perícia que vai dizer", apontou.
O coronel afirmou ainda que o Gate teve diversas chances de atirar em Lindembergue, mas não o fez, porque "era um garoto de 22 anos, sem antecedentes criminais, que estava passando por uma crise amorosa". Segundo ele, se o tivessem feito seriam questionados sobre as ações agora.
Felix comentou ainda o envio da refém libertada Nayara de volta ao cativeiro: "Eu colocaria meu filho no lugar da Nayara naquele momento. Ela é uma menina muito responsável e equilibrada". Ele afirmou que ninguém esperava que Nayara entraria no apartamento. "A negociação era para que ela se aproximasse, porque após os depoimentos percebemos que ela era um ponto de equilíbrio", apontou. Quando Nayara entrou no apartamento, a mãe dela teria falado que não sabia se "batia na filha ou se chorava". "Todos ficaram surpresos". "Não queiram colocar a culpa na equipe do Gate que lidou com uma situação de crise por mais de 100 horas. Confio inteiramente na equipe", afirmou.
Felix apontou que o comportamento do seqüestrador Lindembergue era inconstante. "Foi uma ocorrência da pior gravidade possível, tratávamos com uma pessoa com desequilíbrio e picos de humor". Segundo o coronel, Lindembergue ameaçava a cada momento "adiantar o fim, ou seja, matar as reféns e se matar posteriormente". "Ele era tranqüilo e negociava. De repente voltava atrás e falava que tinha muito a discutir com Eloá ainda". "No momento da rendição, todas as exigências do seqüestrador foram atendidas (advogado, promotor que garantia integridade física, cobertura de emissora de TV), quando ele ia se entregar ele voltou atrás", afirmou. "A equipe estava na porta, porque ele havia afirmado que ia se entregar. De repente ele afirma novamente que tinha muito a resolver ainda, e se ouve um tiro".
Durante os quatro dias, a polícia teria ouvido diálogos normais de amigos. "Conversavam sobre tudo, sobre relacionamentos... A gente pensava não dá para invadir, são três crianças".
Segundo ele, no momento da entrada do Gate, a explosão não abriu a porta totalmente. "Confio 100% na equipe. Houve um disparo, explodimos a porta e invadimos. Enquanto a equipe passava por obstáculos para entrar ele descarregou a arma. Os cinco projéteis foram disparados. Atirou contra a equipe e contra as jovens", relatou.
"O final com lesão corporal, com as duas reféns feridas, foi provocado pelo agressor. O Gate tentou exaustivamente através da negociação. Nós fizemos de tudo. Encaramos como se um de nossos filhos estivesse lá dentro. Tudo o que pudemos fazer para preservar a vida dos três, nós fizemos", afirmou Felix.
"A ação do Gate foi totalmente estudada. Ninguém tomou decisão sozinho ou despreparado. São profissionais altamente qualificados, que enfrentam ocorrências com reféns praticamente todos os dias. Ele disparou em um momento desequilibrado. Como ele disparou, a perícia que vai dizer", apontou.
O coronel afirmou ainda que o Gate teve diversas chances de atirar em Lindembergue, mas não o fez, porque "era um garoto de 22 anos, sem antecedentes criminais, que estava passando por uma crise amorosa". Segundo ele, se o tivessem feito seriam questionados sobre as ações agora.
Felix comentou ainda o envio da refém libertada Nayara de volta ao cativeiro: "Eu colocaria meu filho no lugar da Nayara naquele momento. Ela é uma menina muito responsável e equilibrada". Ele afirmou que ninguém esperava que Nayara entraria no apartamento. "A negociação era para que ela se aproximasse, porque após os depoimentos percebemos que ela era um ponto de equilíbrio", apontou. Quando Nayara entrou no apartamento, a mãe dela teria falado que não sabia se "batia na filha ou se chorava". "Todos ficaram surpresos". "Não queiram colocar a culpa na equipe do Gate que lidou com uma situação de crise por mais de 100 horas. Confio inteiramente na equipe", afirmou.
Felix apontou que o comportamento do seqüestrador Lindembergue era inconstante. "Foi uma ocorrência da pior gravidade possível, tratávamos com uma pessoa com desequilíbrio e picos de humor". Segundo o coronel, Lindembergue ameaçava a cada momento "adiantar o fim, ou seja, matar as reféns e se matar posteriormente". "Ele era tranqüilo e negociava. De repente voltava atrás e falava que tinha muito a discutir com Eloá ainda". "No momento da rendição, todas as exigências do seqüestrador foram atendidas (advogado, promotor que garantia integridade física, cobertura de emissora de TV), quando ele ia se entregar ele voltou atrás", afirmou. "A equipe estava na porta, porque ele havia afirmado que ia se entregar. De repente ele afirma novamente que tinha muito a resolver ainda, e se ouve um tiro".
Durante os quatro dias, a polícia teria ouvido diálogos normais de amigos. "Conversavam sobre tudo, sobre relacionamentos... A gente pensava não dá para invadir, são três crianças".
Segundo ele, no momento da entrada do Gate, a explosão não abriu a porta totalmente. "Confio 100% na equipe. Houve um disparo, explodimos a porta e invadimos. Enquanto a equipe passava por obstáculos para entrar ele descarregou a arma. Os cinco projéteis foram disparados. Atirou contra a equipe e contra as jovens", relatou.