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Pelos termos do acordo, as reservas de petróleo que ficam dentro do Parque Nacional de Yasuní, na Amazônia equatoriana, devem ficar intactas por pelo menos uma década. O montante que será fornecido em troca é cerca de metade do que o país poderia ganhar com a venda do combustível. De acordo com o governo equatoriano, os campos têm capacidade para produzir 846 milhões de barris de petróleo.
'Histórico'
De acordo com Rebeca Grynspan, representante do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), que estava presente na assinatura do termo, em Quito, esta é a primeira vez que um país se compromete com um acordo deste tipo. "A assinatura deste acordo é uma medida audaciosa, vanguardista e histórica. Este é o primeiro país do mundo a fazê-lo, mantendo permanentemente a fonte de carbono embaixo da terra, com um mecanismo efetivo e verificável", disse.
Segundo o governo do Equador, a iniciativa deve evitar que 407 milhões de toneladas de carbono sejam lançadas na atmosfera. Entre os países que mostraram interesse em contribuir com o fundo que pagará o Equador estariam Alemanha, Holanda, Noruega e Itália.
Reserva
A reserva de Yasuní, onde ficam os campos de petróleo, está entre as regiões com maior biodiversidade do mundo. Com uma área de 10 mil quilômetros quadrados, a reserva abriga diversas espécies, algumas das quais só ocorrem nesta região. O local também abriga grupos indígenas. O petróleo é o maior produto de exportação do Equador, mas grupos de defesa do meio ambiente afirmam que a exploração tem causado danos à região amazônica. A ONU estuda propor acordos parecidos a outros países, entre eles, Guatemala, Vietnã e Nigéria.
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