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No primeiro semestre, o superavit primário melhorou frente a 2009, mas foi a metade do registrado em 2008, ano em que a economia também crescia a um ritmo acelerado, mostraram dados do Banco Central nesta quinta-feira."O resultado do semestre tem como característica um aumento expressivo das receitas, mas também crescimento muito alto das despesas", afirmou a jornalistas o chefe do Departamento Econômico do BC, Altamir Lopes.
A aproximação das eleições "evidentemente" tem impacto sobre os gastos, afirmou Lopes, ponderando que essa influência é bem menor do que já foi no passado. "Houve uma mudança de cultura a partir da Lei de Responsabilidade Fiscal, a correlação entre gastos correntes e eleições diminuiu."
O superavit primário do país foi de R$ 2,059 bilhões em junho, ante R$3,376 bilhões no mesmo mês de 2009. No semestre, o resultado fiscal foi superavitário em R$ 40,1 bilhões, ante R$ 35,3 bilhões em igual período do ano passado.
Os investimentos do governo federal cresceram 72% no semestre frente ao mesmo período de 2009, segundo dados divulgados pelo Tesouro Nacional na quarta-feira.
Segundo a consultoria LCA, as restrições impostas pela legislação eleitoral para gastos no segundo semestre levaram a uma antecipação de despesas nos primeiros meses do ano. Para o segundo semestre, a LCA prevê que o resultado primário ficará relativamente estável, contrariando tendência histórica de se reduzir.
"Ao considerar essa antecipação expressiva ocorrida em 2010, é factível considerar que o primário até o final deste ano deverá representar quase metade do resultado de 2010", afirmou a consultoria.
Em 12 meses até junho, o setor público acumulou superavit primário equivalente a 2,07% do Produto Interno Bruto (PIB). O governo tem como meta para 2010 saldo primário de 3,3% do PIB.
No mês passado, os juros incidentes sobre a dívida pública somaram R$15,680 bilhões, levando o país a ter um deficit nominal de R$ 13,621 bilhões.
A dívida pública líquida ficou em 41,4% do PIB em junho, mesmo patamar registrado em maio. O BC previu que a dívida seguirá estável neste mês e fechará o ano em 39,6% do PIB.
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