A festa estava armada no Palestra Itália. Homenagens a ídolos do passado e do presente, arquibancada lotada e um rival histórico para selar a despedida do estádio. Só faltou avisar ao Boca Juniors para não estragar a celebração alviverde. Nesta sexta-feira, o time argentino manteve a sina de sucessos sobre a equipe brasileira e levou a melhor por 2 a 0 na última partida antes do início da construção da Arena.
Dentro de campo, o que se viu foi um festival de erros do time alviverde e a certeza de que Felipão terá muito trabalho para arrumar a equipe.
Pior para os quase 18 mil torcedores que compareceram ao estádio apenas para rever o filme das Copas Libertadores de 2000 e 2001, quando o Boca Juniors superou o Palmeiras de maneira dramática nos pênaltis, no Morumbi e no próprio Palestra Itália.
A diretoria ainda fez sua parte para deixar o jogo o mais atrativo possível, com direito a apresentação de veteranos, fogos de artifício e outras ações para justificar o alto preço dos ingressos – vendidos a partir de R$ 80.
O problema é que o time não correspondeu e acabou superado por um rival em formação, que não contou com suas principais estrelas no duelo. O atacante Martin Palermo ganhou folga, e o meia Juan Román Riquelme ainda não acertou sua renovação.
No início da partida, o Palmeiras tentou sair da defesa, mas esbarrou no forte meio-campo do Boca Juniors. Sem velocidade nas jogadas, os anfitriões viram o time argentino manter mais de 60% da posse de bola, com leve superioridade no duelo.
Quando parecia que o Palmeiras enfim ameaçaria a meta de Luchetti, Viatri aproveitou falha do Bruno e abriu o placar aos 19min. Depois disso, a equipe alviverde mudou de postura e passou a criar lances de perigo com boa movimentação de Kleber no ataque.
Mas isso não foi suficiente para alterar o panorama do duelo. Eficaz nas bolas paradas, no melhor estilo da Libertadores, o Boca Juniors ampliou aos 37min com Muñoz e complicou ainda mais a situação do Palmeiras na partida.
Murtosa aproveitou para fazer quatro alterações no intervalo: colocou Deola, Léo, Marcos Assunção e Tadeu. As mudanças surtiram efeito e só nos primeiros dez minutos, o Palmeiras criou mais oportunidades do que em toda a etapa inicial.
O Boca Juniors, por sua vez, recuou e mostrou satisfação com o resultado, retardando o duelo o máximo que pôde. Além disso, os visitantes anularam a troca de passes do Palmeiras e deixaram os anfitriões sem ação até o apito final. Méritos somente para a torcida alviverde, que não deixou de berrar até o último instante.
Boca evoca Libertadores e estraga festa dopalmeirense na despedida do Palestra
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