Implantes de silicone no bumbum quase dobram

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“Queria dar uma levantadinha no bumbum, que estava meio caído”, comenta a advogada carioca Marta Vaguel Wada, que implantou silicone nos glúteos há quase dois anos. Hoje, aos 51 anos, ela garante que chama a atenção por onde passa. “É só emagrecer um pouquinho que o bumbum fica mais modelado ainda”, afirma.

Apesar de serem bem menos populares que os implantes nos seios, as próteses para o bumbum estão caindo no gosto das brasileiras. Uma pesquisa Ibope, encomendada pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), revela que 8.091 gluteoplastias foram realizadas em 2009. O número é quase duas vezes maior que o registrado em outra pesquisa do ano anterior, de 4.591 operações.

Essa variação é muito mais expressiva que o crescimento total de plásticas, que passou de 629 mil para 645 mil, entre 2008 e 2009.

“A operação se tornou mais segura e eficaz”, resume Fernando Serra, cirurgião plástico da SBCP. Ele explica que a técnica já existe há 12 anos, mas ela teve uma queda recente no índice de complicações.

Isso porque a forma de implantar o silicone mudou. “Antes ele era colocado abaixo do músculo, o que poderia prejudicar o nervo ciático”, alerta o médico. Agora, a prótese é inserida entre os músculos. “Fica mais natural, porque parece que o músculo cresceu”, explica Serra.

Silicone x liposescultura

Serra aponta que uma das vantagens do implante é ter o resultado mais previsível. Na lipoescultura, outro procedimento para melhorar a aparência do bumbum, o resultado não é 100% garantido. O método consiste em retirar o excesso de gordura de outras partes do corpo, como do abdomen, e colocar no glúteo. Mas essa gordura pode ser reabsorvida nos três meses após a operação. “Até 20% da gordura é reabsorvida”, alerta o cirurgião.

No implante de silicone, é possível planejar até pequenas alterações no formato do bumbum. Existe uma prótese oval que pode ser usada em duas posições, para dar resultados diferentes. “Ela é como um ovo de páscoa cortado no meio. É um formato mais anatômico, permitindo que a borda fique disfarçada”, explica. “Mas ela também pode ser usada invertida, para dar outro resultado”, afirma.

O cirurgião usa essa prótese, mais moderna, em cerca de 80% dos casos. “A outra prótese, redonda, é mais indicada para pacientes baixinhas”, explica.

Injeção só na coxa

Quem faz gluteoplastia não pode tomar injeções no bumbum, porque há risco da agulha romper o silicone. As injeções intramusculares passam a ser aplicadas na coxa. Isso significa que aquela bezetacil dolorida vai ficar ainda mais incômoda.

Outro problema é a recuperação. “Há dor nos quatro dias depois da operação”, explica o cirurgião plástico José Horácio Aboudib, professor da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ). Ele conta que é uma dor muscular, porque o músculo precisa ser manipulado durante a cirurgia.

Uma incisão de cinco ou seis centímetros é feita entre os glúteos para colocar o silicone. “Fica só uma marquinha no cofrinho, mal dá para ver”, revela Marta, que passou pelo procedimento. A operação pode ser feita com anestesia geral ou local, e dura cerca de 90 minutos.

O difícil é passar pelos primeiros dez dias de recuperação, quando só é permitido dormir de lado. O bumbum ainda está muito sensibilizado. Sentar, dirigir e trabalhar só depois deste período. E academia, assim como outras atividades físicas mais pesadas, só depois de dois meses.

Como toda plástica, o resultado nem sempre é perfeito. Em casos de flacidez acentuada, pode ser preciso retirar um pouco da pele também. O procedimento até pode ser realizado junto ao implante, mas a cicatriz será maior.

Quem coloca silicone no bumbum não precisa se preocupar em massagear o local para evitar fibrose - membrana que pode surgir ao redor da prótese. "Quando o paciente se mexe, o próprio músculo já massageia”, revela Aboudib.

Essa preocupação era grande entre as pacientes que implantaram os primeiros tipos de prótese nos seios. "Elas tinham silicone líquido, o que gerava um risco maior de fibrose", esclarece Antonio Graziosi, presidente da SBCP (regional de São Paulo).

Hoje, as próteses usam uma espécie de gel, mais consistente, e tem a parede mais espessa. Isso reduz o risco de fibrose. "Não se recomenda mais a massagem, mesmo assim ainda é possível haver casos de fibrose", afirma Graziosi.

Na UERJ, o professor Aboudib conta que um estudo será realizado para verificar se os implantes interferem na força do músculo do bumbum.

São Paulo tem a maior procura

No ranking brasileiro, o estado de São Paulo ocupa o primeiro lugar na demanda por próteses de glúteo, com 33% do total. Ele é seguido pelo Rio de Janeiro (14%), Goiás (9%), Paraná (8%), Distrito Federal (7%) e Minas Gerais (7%).

O tamanho de prótese mais procurado é o de 300 ml, com 25% da procura. O segundo mais requisitado, o de 270 ml, equivale a 23%; e o terceiro colocado é o de 240 ml, com 13% da procura.

Esse é o balanço da Silimed, fabricante de próteses de silicone que detém cerca de 30% do mercado nacional.

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