Indústria automotiva ampliará capacidade em apenas 6,7% até 2015

Indústria automotiva ampliará capacidade em apenas 6,7% até 2015

O Brasil tornou-se neste ano o quarto maior mercado mundial de automóveis, mas a capacidade da indústria deverá crescer em ritmo comedido nos próximos anos. No chamado Bric, o grupo de países composto também por Rússia, Índia e China, o Brasil será o que menos ampliará sua capacidade de produção automotiva até 2015, segundo projeção da consultoria PricewaterhouseCoopers. Segundo a empresa, o País elevará sua capacidade em apenas 6,7%. A China deve aumentar em cerca de 40%, a Índia, 15%, e a Rússia, 6,8%.

A estimativa da Price foi feita com base nos investimentos já anunciados pelas montadoras para o período. Até 2015, os aportes previstos pelo setor no País devem chegar a R$ 40 bilhões, mas a quantia não será suficiente para que o avanço seja tão relevante quanto os de China e Índia. “Quando um anúncio de investimentos é feito, vale lembrar que apenas parte daquela quantia é destinada à capacidade de produção”, disse Paulo Petroni, sócio-diretor da Price.

As montadoras instaladas no Brasil estão trabalhando atualmente no limite de sua capacidade produtiva. A maioria delas utiliza 90% da capacidade - o ideal, segundo especialistas, seria o uso de 70%. Segundo Petroni, esse cenário é ideal para que as companhias invistam no aumento de capacidade de fabricação de novos modelos de veículos. “O mercado interno está crescendo em ritmo acelerado, o que é muito favorável para todos os setores, inclusive o automotivo”.

Os investimentos anunciados pelas montadoras nos últimos meses mostram que muitas delas estão focadas na ampliação de sua capacidade produtiva. Dependendo dos próximos investimentos anunciados, a pequena evolução de 6,7% pode ser superada - e o Brasil, assim, teria como ampliar os números da atual previsão, diz Petroni.

As montadoras estão de olho no aumento da capacidade produtiva. A General Motors (GM), por exemplo, pretende aumentar em 30% a capacidade da sua fábrica em São Caetano do Sul, na Grande São Paulo, até 2012. Os investimentos previstos para a unidade giram em torno de R$ 2 bilhões. A Ford anunciou recentemente aportes de R$ 4,5 bilhões para sua fábrica em Camaçari (BA) para os próximos cinco anos. O investimento vai ampliar a linha de produção do modelo Ecosport, que começará a ser exportado para outros países.

Na mesma esteira, a Fiat também vai destinar, só este ano, cerca de R$ 2 bilhões para a criação de 15 novos modelos de veículos. Com o investimento, a montadora pretende fechar o ano com a produção de mais de três mil carros por dia e quase 1 milhão este ano. "Em 2005, a Fiat produzia cerca de dois mil carros por dia. Este ano, já estamos produzindo 3,2 mil. A cada 20 minutos, um carro é feito", afirmou Mauricélio Faria, gerente geral de logística da montadora na América Latina.

O Brasil é atualmente o quarto maior mercado mundial de automóveis, atrás somente da China, Estados Unidos e Japão. Até maio deste ano, cerca de 1,3 milhão de veículos foram vendidos no País. Até o final do ano, mais de três milhões devem ser comercializados no País.

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