Veja as curiosidades do jogo mais longo da história do tênis

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John Isner e Nicolas Mahut protagonizaram o jogo mais longo da história do tênis, com 11 horas e 5 minutos de duração. Depois da vitória de Isner com direito a 70 a 68 no quinto set, ficam algumas perguntas. Quantas bolas foram usadas por John Isner e Nicolas Mahut? E pontos, os tenistas bateram recordes? Comparado com um jogo normal, quanto foi extraordinária a estatística da partida, finalizada depois de três dia de disputa? E fisicamente, como eles suportaram?

O norte-americano Isner (19° no ranking da Associação dos Tenistas Profissionais) e o francês Mahut (149°) entraram para a história ao disputarem o mais demorado jogo justamente na grama de Wimbledon, o torneio inglês considerado o mais importante do mundo. Mas é saudável atuar por tanto tempo?

“Jogadores de tênis não estão preparados para jogar tanto tempo. Eventos com mais de dez horas são aqueles triatlos, “ironman”, que aí o atleta está treinado para isso. Chega um momento em que toda a gordura e açúcar do corpo pode ser consumida pelo esforço. É até perigoso”, disse o fisiologista Paulo Zogaib, professor da Escola Paulista de Medicina e especialista em fisiologia do esporte.

O iG levantou números do duelo, realizado na quadra 18 do complexo, e comparou com a partida na qual o brasileiro Thomaz Bellucci venceu, também nesta quinta-feira, o austríaco Martín Fischer em um jogo normal de quatro sets.

Bellucci ganhou por 3 a 1, parciais de 6/7 (11-13), 7/6 (7/4), 7/6 (7-1) e 6/2, em 3 horas e 40 minutos. Bem menos do que os 3 a 2 de Isner sobre Mahut, com 6/4, 3/6, 6/7 (7-9), 7/6 (7-3) e um interminável 70/68. Em Wimbledon, um dos quatro Grand Slam do circuito, não há tie break no quinto set. Compare:

Bolas em jogo

Isner e Mahut usaram 114 bolas. A cada nove games elas são trocadas (com exceção dos games desempates, o tie break, e no primeiro set a troca ocorre no sétimo, porque o aquecimento conta para o desgaste da bolinha). As bolas menos gastas são mais rápidas, o que facilita para o sacador. Bellucci e Fischer usaram 30, pouco mais de um quarto do que no duelo histórico.

Games

Nunca na história aberta do tênis (a partir de 1969, quando o esporte se profissionalizou) tantos games foram disputados em uma só partida, 183. Os 138 do 5° set também são históricos. No duelo de Bellucci foram 47 games apenas. Menos do que Mahut ganhou sozinho apenas no quinto set (68).

Aces

Isner e Mahut são desde esta quinta os tenistas que mais aces (pontos de saque em que o adversário não encosta na bola) fizeram em uma só partida. O norte-americano marcou 112, contra 103 do francês. O recorde anterior era do croata Ivo Karlovic, que anotou 78 em um jogo da Copa Davis no ano passado. Somando os 205 aces, também é um recorde. Belucci (15) e Fischer (3) marcaram só 18.

Saques

Os braços dos tenistas devem estar doendo muito. Juntos, eles deram 980 serviços, entre primeiros e segundos saques. No duelo do brasileiro foram 299.

Quebras de saque

Ótimos sacadores, o que na grama significa muito, pois a bolinha corre mais rápido e fica quase impossível para o adversário recebê-la corretamente, Isner e Mahut fizeram um jogo quase sem quebras, o que ajuda a explicar os incríveis 70 a 68 no set desempate. Apenas 3 quebras, duas de Isner (uma que decidiu o jogo) e outra de Mahut. Só Belucci quebrou seis vezes o saque de seu adversário. Ponto

No total, Isner e Mahut marcaram 980. Belucci e Fischer 299, ou 30% do que foi feito no duelo mais longo. Os pontos vencedores (winners), aqueles indefensáveis, foram 490 no jogo de 11 horas e 85 no “normal” do brasileiro.

Duplas faltas

Foram 31 de Isner e Mahut, a maioria (23), no quinto set, quando estavam desgastados. Bellucci e Fisher só fizeram nove. Calorias

Segundo o fisiologista Paulo Zogaib é impossível saber quantas calorias cada um gastou nas mais de 11 horas. “Seria chute, porque depende do estilo de jogo de cada um e do organismo de cada um. Tem jogador que gosta de saque e voleio, outros jogam mais no fundo de quadra”, disse Zogaib.

Nos intervalos. Isner comia bananas. Para Zogaib, um mito criado de que o potássio, mineral contido na fruta, ajude a diminuir o desgaste. “Seria mais fácil tomar um comprimido, algo assim. Mas o importante é que ele se alimentou. E isso pode ter ajudado”.

O fato é que Isner entrará em quadra contra o holandês Thiemo De Bakker, pela segunda todada, bem mais cansado do que Thomaz Bellucci enfrentará o sueco Robin Soderling, pela terceira rodada.

A organização do torneio parece não ter ficado com dó do norte-americano, que joga nesta sexta-feira, no primeiro jogo da quadra 5, por volta das 7 horas (de Brasília). Cerca de 20 horas depois de ter batido Mahut. Bellucci só volta a quadra sábado.

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