Lula descarta conceder novos reajustes neste ano

Lula descarta conceder novos reajustes neste ano

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta quinta-feira (17) que o governo federal não dará mais reajustes salariais neste ano e criticou as propostas do Congresso Nacional que aumentam os gastos públicos. Segundo Lula, as pessoas que estão disputando a eleição não podem perder o senso de responsabilidade

- Até porque o povo não vota em irresponsáveis.

O presidente explicou ainda que o reajuste de 7,7% para os aposentados que ganham acima do salário mínimo (R$ 510) só foi aprovado depois que a área econômica se comprometeu a fazer cortes no Orçamento da União. O governo estava propondo um reajuste de 6,14%, mas um aumento maior foi aprovado em votações na Câmara e no Senado.

Para conceder o aumento, Lula autorizou um corte de R$ 1,6 bilhão no Orçamento, além dos R$ 10 bilhões que já haviam sido congelados neste ano. O reajuste irá beneficiar 9 milhões de aposentados.

O presidente disse também que considera as pressões por novos gastos uma coisa normal, mas assegurou que as pessoas só terão reajustes “na hora em que o governo puder conceder os aumentos.”

- Acabou neste ano a questão dos aumentos. O que vamos dar agora é o que foi acordado em 2008 e que ainda representam parcelas a serem cumpridas. Tudo isso será totalmente cumprido, mas a discussão de aumento terá de aguardar um novo governo, até porque não posso comprometer o Orçamento do governo que vier.

Inflação

O presidente Lula negou também nesta quinta-feira que haja um risco de a oferta de produtos não ser suficiente para atender a demanda dos consumidores, o que aceleraria a inflação no país.

Lula disse que obviamente deve-se monitorar o assunto, mas ponderou que é possível atender a demanda também por meio da importação de bens.

- Acho que o Brasil ainda tem espaço para crescer - disse o presidente depois de participar de reunião do Conselho Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, o Conselhão, em Brasília.

Perguntado se havia preocupação com a possibilidade de a oferta não acompanhar o ritmo do crescimento da demanda, Lula afirmou que essa não é uma "verdade absoluta".

- Não quero que o Brasil fique crescendo em efeito sanfona. Se a gente crescer 5% ou 6% durante vários anos de forma sustentável, esse país estará vivendo uma revolução extraordinária.

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