Saiba como a tecnologia de conexão 4G vai transformar o uso da internet móvel

Saiba como a tecnologia de conexão 4G vai transformar o uso da internet móvel

As operadoras de celular ainda nem cobriram todo o território brasileiro para disponibilizar internet móvel 3G. E as companhias ligadas à área de telecomunicações já estão pensando no próximo passo para evolução de tecnologia de internet móvel: a 4G.

As principais vantagens da conexão à internet da 4G são as altas taxas de transferência de dados, que terão velocidade que atingem a casa das dezenas de megabits. Elas têm e melhor qualidade do serviço, no sentido de que, mesmo em movimento, por exemplo, o sinal de internet que uma pessoa receberá em seu smartphone ou modem não será “drasticamente” reduzido.

Imagine iniciar uma videochamada com um amigo que está fora do país no seu trajeto ao trabalho ou assistir a um filme, carregado diretamente da internet em um smartphone, durante uma viagem. São esses alguns dos benefícios que redes 4G poderão trazer aos usuários.

“As duas características básicas de uma rede 4G são o uso do IP – de modo que cada equipamento estará conectado à internet – e velocidades maiores”, explicou o Jesper Rhode, diretor de inovação em novos negócios da Ericsson para a América Latina. Segundo ele, a empresa, em prova conceito, já atingiu a banda de 160 Mbps em redes 4G. Mas, a princípio, a banda para o usuário final deve variar entre 20 Mbps e 40 Mbps.

À título de comparação, atualmente, uma banda larga móvel 3G tem velocidade nominal de 1 Mbps. Na prática, o valor pode variar conforme a disponibilidade de sinal na região. Outra característica, apontada por Rhode, é a questão da competitividade com empresas que oferecem banda larga cabeada. “Hoje, as operadoras fixas têm vantagem, pois oferecem serviços mais estáveis. Porém, com a 4G o campo competitivo aumenta, porque o usuário final terá mais opções.”

4G no mundo

A novidade já está sendo usada – na maioria das vezes em caráter de teste – em alguns países. Nos Estados Unidos, por exemplo, operadoras como a Sprint já oferecem o serviço de forma comercial utilizando a tecnologia WiMax. Em testes feitos por David Pogue, colunista do “The New York Times”, a velocidade do download alcançou 2,6 Mbps (cerca de 4 vezes mais rápido que a transmissão 3G, que lá chega aos 676 kbps), como celular HTC Evo 4G.

Porém, no site da operadora americana, é informado que a média de velocidade de acesso varia entre 3 e 6 Mbps, podendo atingir picos de 10 Mbps. Além disso, a cobertura é bem pequena: apenas 51 cidades dos Estados Unidos estão habilitadas para ter o serviço.

Já na Europa, a primeira rede 4G foi instalada na Suécia e na Noruega pela operadora TeliaSonera. Utilizando a tecnologia LTE (Long Term Evolution), a empresa atingiu velocidades de download que variam entre 20 Mbps e 80 Mbps. As operadoras americanas Verizon e AT&T também planejam adotar o LTE. No Brasil, a expectativa é que os testes com tecnologia 4G no país comece em 2012.

Tecnologias envolvidas

A UIT (União Internacional de Telecomunicações), órgão ligado à ONU responsável pelas normatizações relacionados à telecomunicações, ainda não definiu qual tecnologia deverá ser usada. No entanto há duas opções que estão no páreo para se tornarem o próximo padrão de tecnologia móvel: WiMax e LTE (Long Term Evolution).

Ainda que ambas tenham funcionamento semelhante – utilizam a tecnologia OFDM (Orthogonal Frequency-Division Multiplexing) e são baseadas em redes IP – há grupos de empresas que defendem cada uma das tecnologias. O WiMax tem apoio, por exemplo, da Intel e Motorola, enquanto a LTE tem apoio de operadoras GSM e fabricantes como a Ericsson pelo mundo.

“A tecnologia LTE deve ser adotada, pois algumas operadoras GSM, e mesmo algumas que operavam com a tecnologia CDMA, escolheram o padrão”, afirmou Eduardo Tude, presidente da Teleco, uma empresa de consultoria em telecomunicação. A implantação exige pouca alteração da estrutura existente, pois usará as mesmas redes 2G e 3G. Porém, no Brasil, empresas como a Sky, em Brasília, e a Telefônica, em São Paulo, já realizaram testes experimentais com internet via WiMax.

Faixa de frequência

A grande discussão no país para a realização de testes de tecnologias “consideradas 4G” é a definição de uma faixa de frequência. Segundo Tude, no Brasil ainda não tem frequência para isso. Há duas possibilidades: usar a frequência de operadoras de televisão via satélite ou usar a frequência de televisão analógica, que ainda vai demorar a ser desativada.

Alguns países da América Latina como Chile, Argentina, Peru e Colômbia já definiram frequências para 4G.

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