Outra seleção de bom desempenho é o Chile, que disputou seis jogos em 2010, tem 85% de aproveitamento e mostrou que tem condições de surpreender na Copa. Treinada pelo argentino Marcelo Bielsa, a equipe chilena pode ser adversária do Brasil já nas oitavas-de-final. Por enquanto, tenta evitar a euforia pelos bons resultados. “Vejo moderação e muito equilíbrio para controlar essa sensação que invade a todos”, disse o técnico.
Algumas seleções surpreendem pelo desempenho, como África do Sul (75% após 11 jogos), México (70% em 9 jogos), Austrália (66% em 5 jogos), Nigéria e Coreia do Sul (ambas com 60% de aproveitamento em 10 jogos). A equipe do país-sede, por exemplo, não perde desde que Carlos Alberto Parreira reassumiu o comando.
O México, em particular, tem o que comemorar. Afinal, enfrentou preferencialmente times de alto nível e que disputarão a Copa, como Holanda, Inglaterra e Itália. Tanto que foi classificado por Parreira como o mais duro adversário da África do Sul na primeira fase, em grupo que tem os campeões do mundo Uruguai e França.
Por outro lado, há países que só despertam preocupações em seus torcedores. Itália, Grécia e Suíça são três desses casos. Essas seleções disputaram apenas três jogos e não conseguiram sequer uma vitória. Já Honduras entrou em campo mais vezes, seis, e só recebeu críticas da imprensa local, com meros 27% de aproveitamento.
Nem todos os jogos disputados pelas seleções em 2010 foram amistosos, já que Argélia, Camarões, Costa do Marfim, Gana e Nigéria disputaram a Copa Africana de Nações, vencida pelo Egito, que não vai à Copa. Entre as equipes do continente que vão ao Mundial, o pior aproveitamento é de Camarões, que disputou dez jogos no ano e venceu apenas dois.
O Brasil e seus adversários
A seleção brasileira, com três vitórias em três jogos, está longe de decepcionar, mas também não encanta. Culpa do baixo nível dos adversários: Irlanda, Zimbábue e Tanzânia.
A seleção que mais jogou em 2010 foi a primeira adversária do Brasil na Copa, a Coreia do Norte. A equipe disputou 12 jogos contra equipes inexpressivas, como Turcomenistão e Venezuela, e conseguiu apenas três vitórias, quatro empates e cinco derrotas. Ou seja, 36% de aproveitamento. Mesmo assim, Jong Tae-Se, destaque norte-coreano, promete surpreender: "Viemos aqui para mudar a imagem da Coreia do Norte”, afirmou o atacante.
Portugal e Costa do Marfim, outros rivais da seleção brasileira na primeira fase da Copa, foram melhor. Os lusitanos decepcionaram no empate por 0 a 0 contra Cabo Verde, mas venceram Camarões e Moçambique.
Já os marfinenses, apesar do fracasso na Copa Africana de Nações - foram eliminados nas quartas, pela Argélia - não perderam desde que saiu a convocação oficial para o Mundial. O único saldo negativo desses jogos pré-Copa foi a lesão de Drogba, contra o Japão, que pode o tirar da estreia contra Portugal.
Veja o ranking do aproveitamento entre as 32 seleções que disputarão a Copa do Mundo:
1º) Argentina - 100% (5 jogos)
2º) Espanha - 100% (4 jogos)
Holanda - 100% (4 jogos)
4º) Inglaterra - 100% (3 jogos)
Brasil - 100% (3 jogos)
6º) Uruguai - 100% (2 jogos)
Eslovênia - 100% (2 jogos)
8º) Chile 85% (6 jogos)
9º) Paraguai - 83% (4 jogos)
Portugal - 83% (4 jogos)
11º) África do Sul - 75% (11 jogos)
12º) Alemanha - 75% (4 jogos)
13º) México - 70% (9 jogos)
14º) Austrália - 66% (5 jogos)
15º) Nigéria - 60% (10 jogos)
16º) Coreia do Sul - 60% (10 jogos)
17º) Costa do Marfim - 58% (8 jogos)
18º) Sérvia - 58% (4 jogos)
19º) Dinamarca - 52% (7 jogos)
20º) Estados Unidos - 50% (6 jogos)
21º) Gana - 48% (9 jogos)
22º) Eslováquia - 44% (3 jogos)
23º) Nova Zelândia - 40% (5 jogos)
24º) Argélia - 37% (9 jogos)
25º) Coreia do Norte - 36% (12 jogos)
26º) Japão - 36% (10 jogos) *
27º) Camarões - 33% (10 jogos)
28º) França - 33% (4 jogos)
29º) Honduras - 27% (6 jogos)
30º) Itália - 22% (3 jogos)
31º) Grécia - 11% (3 jogos)
Suíça - 11% (3 jogos)
