Cartão de crédito puxa aumento do calote em maio

Cartão de crédito puxa aumento do calote em maio

O consumidor brasileiro, já bastante endividado após meses de crédito fácil e incentivos ao consumo, teve dificuldades em honrar seus compromissos em maio, e o calote nas dívidas teve seu primeiro avanço após sete meses. O Indicador Serasa de Inadimplência, divulgado nesta quinta-feira, ficou em 1,9% no mês passado, na comparação com o mesmo mês de 2009.

Trata-se do primeiro avanço no indicador após as quedas vistas desde outubro do ano passado. Na comparação com abril deste ano, no entanto, a inadimplência do consumidor também cresceu, apontando alta de 4,3%.

Segundo a Serasa, o resultado reflete o crescimento acelerado do endividamento dos consumidores ao longo dos últimos trimestres.

Os economistas da Serasa afirmam que, mesmo com a volta da alta na inadimplência - em decorrência do maior endividamento e das taxas de juros em elevação -, as “boas perspectivas para o crescimento econômico em 2010, e por consequência do mercado de trabalho”, devem impedir um avanço expressivo no segundo semestre.

Já no acumulado de janeiro a maio deste ano, a inadimplência do consumidor apontou queda de 3,7% sobre o mesmo período de 2009. Trata-se da maior queda para um acumulado até maio desde o início da série histórica, em 2000.

O dado reflete, segundo a Serasa, à base baixa de comparação nos primeiros meses de 2009, quando a economia ainda apresentava efeitos da crise que atingiu a economia global.

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O calote nas faturas de cartões de crédito e nas dívidas com financeiras (alta de 8,1%) e nas dívidas com os bancos (crescimento de 2,5%) foram as que mais contribuíram para o avanço na inadimplência no mês passado sobre maio.

De janeiro a maio de 2010, em comparação com o mesmo período do ano anterior, o valor médio das dívidas com cheques sem fundos subiu 42,7%. Os títulos protestados e os cartões de crédito e financeiras também tiveram alta, de 8,9% e 5,2%, nessa comparação. A única modalidade de inadimplência que apresentou queda foram a de dívidas com bancos (de -0,1%).

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