O pronto-socorro estava lotado. Eram crianças, adultos, gente em busca de atendimento médico por causa dos mais variados sintomas. Mas só conseguiu ser atendido quem teve paciência.
Pior do que ficar no doente no frio, é procurar por atendimento médico. A espera pode durar horas. Às 19h, a fila de espera é de mais de 50 pessoas, a maioria com sintomas de gripe, resfriado.
Ana Paula de Jesus há três dias está a procura de atendimento médico para o sobrinho de quatro meses. Conseguiu fazer a ficha no pronto socorro, há duas horas aguarda o chamado do médico.
Elaine Gomes Alves com dores nos ouvidos não conseguiu fazer o trabalho de casa e ainda não conseguiu ser atendida. Willian da Silva Santos chegou ao pronto socorro às 15h, às 19h ele ainda esperava.
A produção do Tem Notícias procurou a direção do pronto socorro para gravar entrevista. A enfermeira não responsável se negou a passar qualquer tipo de informação, principalmente quantos médicos estão prestando atendimento.
Em nota, a Secretaria Municipal de Saúde informou que apenas dois pacientes necessitaram de atendimento médico de urgência ou emergência e que os outros casos poderiam ter sido atendidos nas unidades básicas de saúde. Sobre o fato de a enfermeira-chefe ter se recusado a dar entrevista, a Secretaria informou que se trata de uma norma da administração e que todas as informações são repassadas por meio da assessoria de imprensa.