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Para Paulo Roberto Rossi, presidente-executivo da Abac (Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios), os consórcios funcionam como uma poupança programada, isto é, você é obrigado a colocar o dinheiro neste investimento e tem a garantia de que, no fim do prazo do contrato, terá o produto em mãos.
- Se o consumidor precisa do bem imediatamente, a melhor opção é o financiamento. Mas se dá para esperar ou programar a compra, isto é, se você não tem pressa, o consórcio é uma ótima opção.
O Banco Central registra no país mais de 27 milhões de contas de poupança inativas – aquelas que foram abertas e cujos clientes não tiveram como continuar depositando dinheiro todos os meses.
- O que notamos é que, na primeira emergência, o cliente vai lá e saca esse dinheiro que ele se esforçou pra depositar. Pode ser para gastar por causa de uma doença na família, para trocar o carro ou para fazer uma viagem. No consórcio não precisa ter toda essa disciplina.
A advogada Tatiana Viola de Queiroz, da Proteste (Associação Brasileira de Defesa do Consumidor), explica que a maior vantagem do consórcio em relação a um financiamento comum é que ele não tem juros.
- O consumidor paga uma taxa de administração. Quando você parcela um imóvel com um banco, por exemplo, você pode pegar sua casa em menos tempo, mas paga os juros do financiamento.
Lance ou sorte
Funciona assim: o consorciado entra em um grupo para comprar determinado produto e contribui, mensalmente, com um valor fixo. É como se ele fizesse parte de um clube de pessoas com o objetivo comum de compra. E o pagamento das parcelas de cada membro fica sob os cuidados de uma administradora, a responsável pelos repasses dos bens.
Até o fim do prazo, o cliente tem duas formas de conseguir esse bem – por sorteio ou dando um lance.
Os lances são a forma mais efetiva de não precisar contar com a sorte para adiantar a data de ter em mãos o bem comprado. Isto é, quanto maior o lance, maior a chance de ser contemplado pela administradora de consórcios.
Quando o cliente é contemplado, ele acaba levando uma carta de crédito que tem poder como o da compra à vista. No caso de um carro, por exemplo, é possível levar esse documento para tirar o veículo em uma concessionária, em uma revenda de usados ou até com o próprio dono.
Rossi diz que há diversas opções para o cliente acelerar o negócio, como dar um bem em troca de outro.
- Para quem tem um imóvel e quer comprar um maior, por exemplo, dá para usar o imóvel antigo na negociação. Ele pode ser o último contemplado? Pode. Mas pode também ser o segundo, o décimo, o quinquagésimo. O que vale é avaliar a urgência para ter o bem.
Tatiana diz que os clientes devem ficar sempre atentos para evitar as armadilhas do consórcio.
- O consumidor tem que olhar sempre os contratos e as taxas [de administração] praticadas, para não cair no erro de desistir e, na hora de pegar o dinheiro de volta, a empresa cobrar a mais. Muitos clientes reclamam que, quando fecham o contrato, as companhias cobram uma taxa e depois ficam com um valor diferente.
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