Jurgen Melzer teve o direto de sonhar, mas apenas isto. Assim que entrou em quadra para enfrentar Rafael Nadal pela semifinal de Roland Garros, o austríaco percebeu que superar o espanhol nesta sexta-feira seria uma missão quase impossível. Sedento pela taça que fez a sua fama no mundo do tênis, Rafa passou por momentos vacilantes, mas acabou vencendo por 3 sets a 0, parciais de 6/2, 6/3 e 7/6 (8-6).
O histórico não era favorável a Melzer, de 29 anos: nos dois encontros anteriores que teve com Nadal no circuito, foram duas derrotas, uma delas no saibro do Masters 1000 de Madrid do ano passado. Na terra batida francesa, o máximo que ele pôde foi quebrar o saque rival quando perdia por 5/4 no terceiro set, levando a etapa para um equilbrado tie-break, o que alongou o duelo por mais alguns minutos.
Jurgen não jogou mal: simplesmente não pôde contra o número dois do mundo. Ao todo, foram 108 pontos vencidos, contra 76 do austríaco. De winners (golpes vencedores, no qual o adversário não consegue tocar a bola), Nadal obteve 43, dez a mais que o oponente que estava do lado da quadra.
A despeito da derrota, Melzer vai embora de Paris com um saldo extremamente positivo: profissional desde 1999, ele jamais havia passado da terceira fase de um Grand Slam atuando em simples. De quebra, ele ainda teve o gostinho de eliminar o sérvio Novak Djokovic, terceiro favorito, nas quartas de final.
Final
Além da busca pelo seu quinto título em Roland Garros, Nadal terá uma motivação especial na hora de jogar a final do segundo Grand Slam da temporada: vencer Robin Soderling, seu algoz na edição 2009 da disputa. Na ocasião, o sueco surpreendeu o mundo ao vencê-lo nas oitavas-de-final, impondo a primeira derrota do espanhol no torneio.
O histórico entre ambos aponta pequena vantagem para Nadal, que venceu três dos cinco jogos que já fizeram - o ibérico, porém, vem de duas derrotas seguidas, visto que também caiu ante Robin no piso duro londrino durante o último ATP Finals.
Curiosamente, Soderling já fez algo extremamente positivo para o espanhol este ano: algoz de Roger Federer em Roland Garros, ele deu a possibilidade de Nadal voltar ao posto de número um do ranking mundial. Para isto, entretanto, Rafa terá que superá-lo e o sueco promete dificultar bastante esta tarefa.
Nadal vence com tranquilidade e busca revanche na final
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