Homem-Aranha será garoto negro em gibi lançado hoje
HQ

Divulgação
A
conhecida figura de um rapaz com uniforme de aranha balançando com sua teia
pelos prédios de Nova York estará novamente nas bancas e livrarias dos EUA
hoje, nas páginas de um gibi inédito. Mas, quando o Homem-Aranha tirar sua
máscara no primeiro exemplar de "Ultimate Comics Spider-Man", os
leitores não verão o rosto familiar de Peter Parker, e sim o do desconhecido
Miles Morales, um garoto negro e de ascendência hispânica.
Parker
morreu em uma HQ de junho --que, assim como a que traz seu sucessor, só chega
ao Brasil em meados de 2012--, mas mais comentada do que a sua morte foi a
notícia de que seu substituto seria negro.
Não
é a primeira vez que um super-herói troca de cor, mas isso nunca havia
acontecido, da forma permanente que se anuncia agora, com um protagonista tão
destacado.
"Quando decidimos que o Homem-Aranha morreria, discutimos muitas opções para substituí-lo e sentimos que era importante que o novo personagem refletisse a nova cara dos EUA", disse à Folha Mark Paniccia, editor da HQ.
Paniccia
se refere não apenas à vasta população de imigrantes e seus filhos (leitores
que nunca se viram representados entre os maiores super-heróis, todos brancos)
mas à eleição de Barack Obama, prestes a se confirmar quando o novo Aranha
estava sendo pensado.
Axel
Alonso, editor-chefe da Marvel --a maior editora da quadrinhos do mundo, que
publica o Aranha e foi comprada pela Disney em 2009--, foi mais explícito em
entrevista a um site de HQs.
"O
presidente tem origem mista, eu próprio tenho origem mista. Minha mãe é
inglesa, meu pai, mexicano. É o mundo em que vivemos."