Novo salário mínimo paulista entra em vigor com aumento de 10% e valor superior ao piso nacional
Salário mínimo paulista sobe para R$ 1.804 em 2025 e supera o piso nacional em quase 19%

O novo salário mínimo paulista começou a valer nesta terça-feira (1º de julho), trazendo um reajuste de 10% em relação ao piso anterior. O valor passa de R$ 1.640 para R$ 1.804, conforme estabelece a Lei nº 18.153/2025, sancionada pelo governador Tarcísio de Freitas no início de junho. A medida beneficia diretamente trabalhadores de 76 categorias profissionais em todo o estado de São Paulo.
Este é o terceiro ano consecutivo em que o reajuste do piso estadual supera a inflação acumulada. Desde 2022, o aumento do salário mínimo paulista chega a 40,5%, enquanto a inflação no mesmo período foi de 15,1%. O novo valor também representa um ganho real expressivo sobre o salário mínimo nacional, atualmente fixado em R$ 1.518. A diferença chega a 18,8%.
O projeto de lei foi aprovado pela Assembleia Legislativa em duas sessões extraordinárias realizadas em maio, com forte respaldo da base do governo.
Categorias contempladas
Entre os trabalhadores que passam a ter direito ao novo piso estão domésticas, cuidadores de idosos, serventes, operadores de máquinas agrícolas, pedreiros, vendedores, manicures, barbeiros, garçons, motoboys e profissionais de telemarketing, entre outros.
Confira algumas das principais categorias que terão o novo salário mínimo de R$ 1.804:
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Trabalhadores domésticos
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Cuidadores de idosos
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Serventes
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Trabalhadores agropecuários e florestais
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Motoboys
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Garçons
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Vendedores
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Pedreiros
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Manicures e cabeleireiros
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Operadores de máquinas da construção civil
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Profissionais de telemarketing
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Agentes de segurança e vigilância
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Trabalhadores de serviços de turismo e hospedagem
Ao todo, são 76 categorias profissionais abrangidas pela nova lei, reforçando o compromisso do estado com a valorização do trabalho formal.
Reajuste acima da inflação
O governo estadual destacou que o reajuste foi definido levando em conta o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) e indicadores de crescimento econômico de São Paulo. O objetivo é garantir que os trabalhadores de menor renda tenham um ganho real, que impacte diretamente o poder de compra.
Com o novo valor, São Paulo continua a liderar o ranking dos maiores pisos salariais estaduais do Brasil. O aumento também pressiona o mercado de trabalho em outras regiões, que poderão ter de reajustar salários para reter mão de obra.
Perspectivas para os próximos anos
Especialistas em economia apontam que a manutenção de reajustes acima da inflação pode continuar nos próximos anos, principalmente se o estado mantiver indicadores positivos de arrecadação e crescimento econômico. A expectativa é que o piso paulista continue sendo uma referência para o debate nacional sobre valorização do salário mínimo.