Nova poupança ainda vai bater fundos e CDB

O
governo mudou as regras para o cálculo da rentabilidade da poupança, mas a
aplicação continuará mais atrativa do que o CDB e os fundos de renda fixa. Para
escolher a melhor opção, o investidor deve avaliar custos com a taxa de
administração e o Imposto de Renda cobrados das aplicações.
Quando a Selic cair para 8,5% ao ano, quando passa a vigorar a nova regra para
a caderneta, a poupança renderá menos. No entanto, a tradicional aplicação do
brasileiro ainda deve superar fundos com taxas de administração acima de 1,3% e
CDBs com ganhos abaixo de 90% do CDI.
“É difícil achar fundos com taxas de administração que valham a pena. taxas
menores exigem aplicações elevadas”, afirma Rafael Paschoarelli, professor da
FEA/USP (Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade
de São Paulo) e responsável pelo site www.comdinheiro.com.br.
Para os especialistas, os bancos serão obrigados a reduzir as taxas para não
perder clientes. “As instituições terão de buscar alternativas mais rentáveis,
mesmo para os pequenos investidores”, diz Samy Dana, professor de
finanças da FGV (Fundação Getúlio Vargas).
Até mesmo o Tesouro Direto perde para a poupança no curto prazo. A desvantagem
se deve ao custo com o IR e taxas dobradas da aplicação.
Pelos cálculos de Dana, o Tesouro é mais lucrativo que a poupança quando a
Selic estiver acima de 8,5%, independente do período de aplicação. “Quando a
Selic estiver abaixo de 8,25%, a aplicação na poupança será mais vantajosa para
aplicações de até seis meses”, completa.