Queda nas vendas de cerveja no Brasil é temporária, diz AB InBev

A
desaceleração nas vendas de cerveja da Anheuser-Busch InBev no Brasil é
considerado um movimento temporário e a companhia espera que este mercado no
país se recupere no segundo semestre, disse nesta quinta-feira o
vice-presidente financeiro da empresa, Felipe Dutra.
"Estamos
confiantes de que a desaceleração é temporária", disse Dutra a
jornalistas. "Vemos um significativo aumento em termos reais dos salários
mínimos...isso tem um impacto na renda disponível e, portanto, no consumo à
medida que nos aproximamos do fim do ano", completou.
A
maior cervejaria do mundo informou que as vendas de cerveja no Brasil, segundo
maior mercado da empresa atrás dos Estados Unidos, caíram 2,6% no segundo
trimestre de 2011 em comparação com o mesmo período do ano passado.
A
AB InBev, que produz marcas como Stella Artois e Budweiser, conseguiu alcançar
as metas de lucro estimadas para o segundo trimestre ao repassar o aumento no
custo dos insumos para o consumidor, mas informou que vai monitorar de perto o
mercado norte-americano após queda de 3,4% no volume de vendas de cerveja em
seu maior mercado.
"O
mercado norte-americano tem sido desafiador, estamos monitorando o que está
acontecendo na economia e na política, mas permanecemos focados nas coisas que
podemos controlar", disse Dutra, notando que as más condições climáticas e
o aumento dos combustíveis nos EUA contribuíram para a queda nas vendas.
A
geração de caixa da empresa, medida pelo lucro antes de juros, impostos,
depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) subiu 6%, para US$ 3,75
bilhões, em linha com a previsão de analistas consultados pela Reuters.
A
AB InBev vende quase três quartos de sua produção de cerveja nas Américas e
cerca de 40 por cento das vendas totais da bebida do grupo acontecem na América
Latina.
Preocupações
sobre aumento do desemprego e salários estagnados pressionaram a confiança do
consumidor norte-americano para o menor nível em dois anos em julho.
Enquanto
isso, no Brasil, a confiança também recuou ao menor patamar em dois anos em junho,
em meio a preocupações sobre inflação.