´´Boto quem eu quiser``, diz filho de Sarney sobre vaga no Senado, segundo jornal

O empresário Fernando Sarney, filho do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP) diz, em conversa telefônica interceptada pela Polícia Federal, que é o dono de uma vaga no gabinete do senador Epitácio Cafeteira (PTB-MA), segundo reportagem publicada nesta quarta-feira pelo jornal “Folha de S. Paulo”. Esse é o primeiro diálogo em que Fernando assume de forma explícita o poder de empregar quem deseja no Senado.
Fernando diz ao filho João Fernando: “Boto quem eu quiser”, em agosto de 2008. Nessa data a vaga de R$ 7.200 mensais era ocupada por João Fernando que foi demitido por ato secreto em outubro, após decisão de STF (Supremo Tribunal Federal) proibir o nepotismo.
Na conversa, João Fernando se diz preocupado com a determinação antinepostimo, ao que o pai responde “Se tiver que, de alguma forma, ter uma atitude, tiver que sair mesmo, ele [Cafeteira] já me disse que o lugar é meu, que eu boto quem eu quiser.” Menos de um mês após a demissão do filho, a mãe de João Fernando, Rosângela Terezinha Gonçalves, assumiu o cargo.
Em resposta à reportagem, Cafeteira negou a interferência e Fernando, a ilegalidade da conversa. O empresário ainda disse que não comentaria o caso, pois o diálogo obtido pelo jornal foi vazado de inquérito sigiloso. A assessoria do presidente do Senado informou ao jornal que ele não comentaria o caso.
Investigação
Fernando é o principal alvo da Operação Boi Barrica da PF que investiga negócios envolvendo a família. A operação começou em 2006, ano eleitoral no qual o empresário teria sacado R$ 2 milhões para financiar a campanha política de sua irmã, a governadora do Maranhão, Roseana Sarney.
Com o avanço nas apurações, descobriu-se que o empresário poderia estar envolvido em outras irregularidades. Entre elas, tráfico de influência e fraude em licitações feitas por estatais como Eletrobrás, Eletronorte, Valec (estatal do Ministério dos Transportes responsável pela construção da Ferrovia Norte-Sul) e Caixa Econômica Federal.
Essa não é a primeira vez que Fernando é indiciado pela PF. Em agosto do ano passado, a polícia chegou a pedir a prisão preventiva do empresário O pedido foi negado pela Justiça Federal do Maranhão.
Fernando diz ao filho João Fernando: “Boto quem eu quiser”, em agosto de 2008. Nessa data a vaga de R$ 7.200 mensais era ocupada por João Fernando que foi demitido por ato secreto em outubro, após decisão de STF (Supremo Tribunal Federal) proibir o nepotismo.
Na conversa, João Fernando se diz preocupado com a determinação antinepostimo, ao que o pai responde “Se tiver que, de alguma forma, ter uma atitude, tiver que sair mesmo, ele [Cafeteira] já me disse que o lugar é meu, que eu boto quem eu quiser.” Menos de um mês após a demissão do filho, a mãe de João Fernando, Rosângela Terezinha Gonçalves, assumiu o cargo.
Em resposta à reportagem, Cafeteira negou a interferência e Fernando, a ilegalidade da conversa. O empresário ainda disse que não comentaria o caso, pois o diálogo obtido pelo jornal foi vazado de inquérito sigiloso. A assessoria do presidente do Senado informou ao jornal que ele não comentaria o caso.
Investigação
Fernando é o principal alvo da Operação Boi Barrica da PF que investiga negócios envolvendo a família. A operação começou em 2006, ano eleitoral no qual o empresário teria sacado R$ 2 milhões para financiar a campanha política de sua irmã, a governadora do Maranhão, Roseana Sarney.
Com o avanço nas apurações, descobriu-se que o empresário poderia estar envolvido em outras irregularidades. Entre elas, tráfico de influência e fraude em licitações feitas por estatais como Eletrobrás, Eletronorte, Valec (estatal do Ministério dos Transportes responsável pela construção da Ferrovia Norte-Sul) e Caixa Econômica Federal.
Essa não é a primeira vez que Fernando é indiciado pela PF. Em agosto do ano passado, a polícia chegou a pedir a prisão preventiva do empresário O pedido foi negado pela Justiça Federal do Maranhão.