“Foi só um boato”, diz advogado sobre morte de Bruno em penitenciária

Durante
o quarto dia de julgamento, em meio ao interrogatório de Fernanda de Castro,
surgiu a informação de que o ex-goleiro Bruno Fernandes, acusado de mandar
matar Eliza Samudio, teria morrido na Penitenciária Nelson Hungria, onde o
jogador segue preso. A informação gerou tumulto e chegou a fechar o Fórum
Criminal de Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte, por alguns
minutos.
“Eu
recebi a informação que o Bruno teria morrido no presídio [Nelson Hungria]. As
autoridades foram lá e verificaram e ele está bem. Foi só um boato”, esclareceu
o novo advogado do réu, o defensor Lúcio Adolfo da Silva. A polêmica surge um
dia após a confissão parcial de Macarrão, que colocou Bruno como principal
mandante e articulador do assassinato de Eliza.
O
tumulto foi provocado pelo próprio advogado. Adolfo passou na frente de
jornalistas que estavam na calçada na frente do fórum falando ao celular. "Suicidou?
Espere aí que estou checando".
A
frase provocou um alvoroço. Cerca de 60 pessoas entre cinegrafistas,
fotógrafos, repórteres e produtores de TV que estavam do outro da lado da rua
pularam a grade de proteção e cercaram o advogado. Por pouco ninguém se
machucou. Assustado, o advogado voltou para dentro do fórum, que foi invadido.
Ele
só conseguiu deixar o local sob escolta policial para uma tumultuada
entrevista. Pouco antes, o advogado se irritou com a desorganização dos
jornalistas e jogou uma garrafa de água no chão.
A
confusão repercutiu até no plenário. Repórteres que acompanhavam o depoimento
de Fernanda Gomes souberam do boato e deixaram o plenário às pressas. A juíza
Marixa Rodrigues se incomodou com a movimentação brusca e restringiu a entrada
e saída de jornalistas.