Minha Casa, Minha Vida muda para atingir classe média
moradia

O
governo Dilma prepara mudanças para expandir o foco do programa Minha Casa,
Minha Vida, cujo limite de financiamento habitacional nas capitais chega a R$
170 mil e pouco atende a classe média devido ao aumento nos preços dos imóveis.
Segundo
o presidente da Caixa Econômica Federal, Jorge Hereda, a proposta é reduzir os
juros e aumentar os limites de renda familiar que podem acessar o programa e os
valores financiados.
Hoje,
só famílias com renda de até R$ 5.400 mensais se enquadram no programa, que
utiliza recursos do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) e tem juros
máximos de 8,16% ao ano.
Para
a faixa que ganha de R$ 3.101 a R$ 5.400 (faixa 3), a nova taxa deve cair de
8,16% ao ano para 7,16%.
Hereda
não disse qual a taxa será dada para as famílias com renda entre R$ 1.600 e R$
3.100 (faixa 2), que hoje têm juros de 6% ao ano.
Para
as famílias com renda de até R$ 1.600, o governo compra o imóvel e subsidia até
95% do valor.
REAJUSTE
NOS LIMITES
"O
governo, através do Ministério das Cidades, está propondo reajuste tanto nos
juros quanto nos limites. Recentemente tivemos alteração nos valores do Minha
Casa, Minha Vida na faixa 1 [renda até R$ 1.600]. É natural que a faixa 2 e 3
tenham também reajuste", disse.
Na
sexta, a Caixa anunciou uma injeção de R$ 13 bilhões do governo, sendo que R$ 3
bilhões serão destinados ao financiamento de material de construção, dentre
outros, para clientes ligados ao Minha Casa, Minha Vida.
Para
João Crestana, ex-presidente do Secovi (Sindicato da Construção), as mudanças
estudadas devem ampliar a participação da classe média urbana no programa.
"Está
começando a ficar difícil utilizar o programa, porque a classe média subiu de
patamar. Ou você retira a classe média, o que é uma temeridade, ou ajusta para
que possa atender mais gente. O governo está muito sensível a isso", disse
Crestana.