Expectativa de vida sobe 25,4 anos de 1960 a 2010, diz IBGE

A
expectativa de vida do brasileiro aumentou 25,4 anos de 1960 a 2010, ao passar
de uma média de 48 anos para 73,4 anos. A esperança de vida do Censo 2010 já
havia sido divulgada em dezembro, mas a comparação da evolução em 50 anos foi
feita hoje pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) no
anúncio de novos recortes de dados da pesquisa.
Com
o brasileiro vivendo mais, o governo ainda não desistiu de impor uma idade
mínima para as aposentadorias ligadas ao INSS. Em reunião com os líderes de
partidos da base no Ministério da Fazenda, interlocutores do governo pediram
prazo até o dia 10 de julho para apresentar uma proposta em substituição ao fim
do fator previdenciário.
A
rodada de negociação foi provocada pela decisão do presidente da Câmara, Marco
Maia (PT-RS), anunciada aos líderes de por o tema no plenário na próxima semana.
Os deputados querem votar o projeto que acaba com o fator previdenciário e
institui a regra apelidada de 85/95. Essa proposta tem o apoio das centrais
sindicais. Por essa fórmula, para se aposentar com o teto do benefício, a soma
da idade e do tempo trabalhado deve chegar a 85 anos, no caso de mulheres, e 95
anos, se homem.
O
fator previdenciário é o mecanismo usado para definir o valor do benefício que
leva em conta o tempo de contribuição, a idade e a expectativa de vida do
trabalhador. A regra faz com que os trabalhadores se aposentem mais tarde para
obter o teto da aposentadoria. Na rodada de conversa desta quarta, o governo
ponderou sobre a necessidade de instituir uma idade mínima para aposentadoria
para valer no futuro, não atingindo os trabalhadores que já estão no mercado, e
uma atualização periódica da regra 85/95.
Previdência
privada
Outro
fator que merece atenção do contribuinte é a situação dos fundos de
previdência privada no atual cenário de redução dos juros. Com a taxa
básica de juros, a Selic, em 8,5% ao ano, os especialistas são céticos em
dizer que dificilmente será possível um plano render juro real (juro descontada
a inflação) de 6% ao ano, como o brasileiro estava acostumado.
Enquanto
isso, órgãos reguladores discutem criar novos produtos no mercado. A tendência
do juro, segundo a opinião do mercado financeiro na pesquisa Focus do Banco
Central, é só de queda.