Juízes recebem benefício por anos em que eram advogados

O
Tribunal de Justiça de São Paulo concedeu a 22 desembargadores licenças-prêmio
referentes a períodos em que eles trabalharam como advogados, anteriores ao
ingresso no serviço público, informa reportagem de Flávio Ferreira,
publicada na Folha desta quinta-feira .
Em
dois casos, o benefício referente ao período em que atuaram por conta própria
chegou a um ano e três meses --ou 450 dias.
A
corte também é investigada pelo CNJ por supostos pagamentos de verbas relativas
a auxílio moradia de forma privilegiada. O conselho apura ainda possíveis casos
de enriquecimento ilícito.
OUTRO LADO
O
TJ-SP informou que anulou as 22 concessões de licença-prêmio que consideraram
períodos de exercício de advocacia e a legalidade do benefício deverá ser
julgada no início do ano que vem.
Segundo
a assessoria de imprensa do TJ, "houve duplo fundamento para a anulação:
a) ausência de prévia manifestação da Comissão Salarial; b) a questão deveria
ter sido submetida ao órgão Especial do tribunal".
"Além
da anulação, o Conselho Superior da Magistratura determinou imediata apreciação
da matéria pelo Órgão Especial [colegiado da cúpula do tribunal], que
reapreciará todas as questões relacionadas ao tema", de acordo com a nota
do TJ.
Em
sessão realizada no último dia 19, o Órgão Especial da corte chegou a iniciar o
julgamento do caso, porém, a análise foi interrompida por pedidos de vista de
desembargadores.