Justiça da Bahia nega liberdade para Marcos Valério

O desembargador
Jefferson Alves de Assis, do Tribunal de Justiça da Bahia, indeferiu, na tarde
desta terça-feira, 6, os pedidos de habeas corpus feitos pelos advogados
do publicitário mineiro Marcos Valério e de seus ex-sócios Margaretti Maria de
Queiroz Freitas, Francisco Marcos Castilho e Ramon Hollerbach.
Os
quatro estão presos desde sexta-feira, 2, em Salvador, acusados de envolvimento
em um esquema de grilagem de terras e fraudes no registro de imóveis em São Desidério,
no extremo oeste do Estado. Valério, Castilho e Hollerbach dividem uma cela na
carceragem da Coordenadoria de Polícia Interestadual (Polinter), enquanto
Margaretti ocupa uma cela na da Delegacia Especializada de Repressão a Crimes
contra a Criança e o Adolescente (Dercca).
Nova acusação. Na manhã de hoje, o
delegado que coordenou as investigações que levaram o grupo à prisão, junto com
outras 11 pessoas, disse que Marcos Valério deve receber outra acusação,
por crime tributário. De acordo com Carlos Cruz Ferro, de São Desidério,
análises de documentos da investigação apontaram para nova fraude, desta vez
para a liberação de licenças públicas de cinco fazendas registradas no nome do
publicitário no município.
"Descobrimos
que o Imposto sobre Transmissão de Bens de Imóveis (ITBI) que deveria ter sido
recolhido pela prefeitura em cada uma das transações não foi pago",
afirma.
O
delegado estima em R$ 500 mil o prejuízo para a prefeitura de São Desidério.
"O imposto corresponde a 2% do valor de cada imóvel", explica.