Com 184 milhões de entregas atrasadas, funcionários dos Correios voltam ao trabalho

Foto: Agência Brasil

Em greve desde 14 de setembro, os funcionários dos Correios devem voltar ao trabalho nesta quinta-feira, 13, após determinação do Tribunal Superior do Trabalho (TST). Durante o período da paralisação, 184 milhões de correspondências e encomendas não foram entregues em todo o país. Entre elas, muitos presentes de Dia das Crianças comprados pela internet. 

A previsão é que, com as atividades em ritmo normal, as entregas pendentes sejam feitas em uma semana. A Federação dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos e Similares (Fentect), no entanto, calcula o triplo do tempo. Os Correios estimam prejuízo de R$ 20 milhões com a greve, e dizem que o impacto dos benefícios conseguidos pelos trabalhadores será de cerca de R$ 800 milhões.

Na quarta, a Fentect afirmou que sua orientação e dos sindicatos era para que se voltasse ao trabalho, mas que a palavra final é das assembleias. Deve ser divulgado nesta quinta um balanço sobre o fim das paralisações.

Se descumprirem a determinação judicial, a multa diária será de R$ 50 mil. A decisão do TST fará com que os trabalhadores dos Correios tenham descontados apenas sete dos dias parados. Além disso, eles vão receber reposição na inflação de 6,87%, reajuste linear de R$ 80 e um vale extra único de R$ 575, para a alimentação.

Os números estão abaixo do que era reivindicado. Muitos trabalhadores não gostaram da decisão e fizeram novos protestos. Foram queimadas, por exemplo, bandeiras do PT.