Maior fábrica de celulose do mundo em linha única será construída em MS: Arauco amplia projeto e investimento chega a R$ 24 bilhões

Arauco amplia projeto bilionário em MS e tornará Inocência sede da maior fábrica de celulose do mundo em linha única

Maior fábrica de celulose do mundo em linha única será construída em MS: Arauco amplia projeto e investimento chega a R$ 24 bilhões - Maior fábrica de celulose do mundo
Maior fábrica de celulose do mundo - Foto: Divulgação/Arauco
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A megafábrica de celulose que a empresa chilena Arauco está construindo em Inocência, Mato Grosso do Sul, deve entrar em operação no segundo semestre de 2027 com uma nova projeção de capacidade: até 3,8 milhões de toneladas de celulose por ano. O volume representa um crescimento de 8,5% em relação à estimativa anterior, consolidando a planta como a maior do mundo em linha única.

O aumento da capacidade vem acompanhado de novos investimentos. Segundo publicação no Diário Oficial do Estado de MS na sexta-feira (25), a nova fase da ampliação prevê aporte de R$ 2,5 bilhões. Como parte da legislação ambiental estadual, a Arauco terá que repassar R$ 21,9 milhões para unidades de conservação. Essa compensação é calculada com base em 0,873% do valor total do investimento.

Esse valor se soma aos R$ 92,4 milhões já assumidos pela companhia em maio deste ano, quando o projeto previa produção de 2,57 milhões de toneladas anuais e investimentos de R$ 10,5 bilhões. Com a expansão, o projeto conhecido como “Sucuriú” agora ultrapassa R$ 24 bilhões em investimento total, considerando obras industriais, logísticas, ambientais e energéticas.

Usina também será potência energética

Além da produção de celulose, a fábrica da Arauco também será um polo gerador de energia limpa. A previsão é de geração superior a 400 megawatts (MW), dos quais 200 MW serão consumidos pela própria planta e o restante será vendido, quantidade suficiente para abastecer uma cidade de 800 mil habitantes.

Para isso, a empresa está construindo uma linha de transmissão de 90 km entre Inocência e Selvíria. O investimento de R$ 156 milhões nesse trecho exigirá nova compensação ambiental no valor de R$ 1,07 milhão, conforme acordo com o Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul). A estrutura contará com 182 torres, com 24 metros de altura cada, cruzando 35 propriedades rurais.

Geração de empregos e produção florestal

No auge da construção, a obra deve empregar até 14 mil pessoas. Depois da inauguração, prevista para 2027, a empresa estima manter cerca de 6 mil empregos diretos e indiretos, impulsionando a economia regional.

Para garantir a matéria-prima, serão necessários 400 mil hectares de florestas de eucalipto. Como a legislação brasileira proíbe empresas estrangeiras de adquirirem ou arrendarem terras, a Arauco estabeleceu contratos de usufruto com produtores locais, pagando cerca de R$ 100 por hectare/mês. Os plantios começaram em 2021, antes mesmo da liberação oficial do projeto.

Mato Grosso do Sul no mapa global da celulose

A instalação da Arauco reforça a vocação do estado de Mato Grosso do Sul como referência global na produção de celulose. O estado já conta com as fábricas da Suzano (2009) e da Eldorado Brasil (2012) em Três Lagoas, além da nova planta da Suzano em Ribas do Rio Pardo, inaugurada em julho de 2024.

Além da Arauco, a Bracell também anunciou planos de investir R$ 16 bilhões em uma nova unidade em Bataguassu. Se confirmado, o projeto elevará para cinco o número de megafábricas de celulose em operação no estado, consolidando o MS como um dos maiores polos industriais do setor no mundo.

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