Prefeitura de Araçatuba inicia 3º ciclo da campanha “Fora Leish” com troca de coleiras e exames gratuitos em cães
Terceira fase da campanha “Fora Leish” começa com troca de coleiras e exames em cães

A Prefeitura de Araçatuba, por meio da Secretaria Municipal de Saúde, iniciou neste mês o terceiro ciclo da campanha “Fora Leish”, voltada à prevenção e controle da leishmaniose visceral. A nova etapa envolve a troca gratuita de coleiras repelentes e a coleta de sangue para diagnóstico da doença em cães já cadastrados.
Segundo o Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), a meta é atingir ao menos 90% dos 16 mil cães domiciliados nas áreas abrangidas pela campanha. A ação contempla bairros atendidos pelas UBSs Umuarama 1 e 2, Turrini, TV, Planalto, São Vicente e Centro. Neste momento, as equipes estão atuando na região do Turrini, em visitas casa a casa realizadas por agentes de combate às endemias.
Balanço das etapas anteriores
No primeiro ciclo, realizado entre junho e novembro de 2024, 22.638 cães foram encoleirados. O segundo ciclo começou em dezembro e foi finalizado em junho deste ano, com 10.083 trocas de coleiras. Os dados finais ainda estão sendo contabilizados.
Guilherme Santos, gerente de campo da Unidade de Vigilância em Zoonoses (UVZ), informou que cerca de 60% da população canina está atualmente protegida com as coleiras. Para ele, o resultado é um “grande sucesso”, não só pela proteção dos animais, mas também pela disseminação de informações à comunidade sobre a doença.
Campanha tem previsão de quatro anos
Lançada em maio de 2024, a campanha “Fora Leish” é fruto de uma parceria entre a Prefeitura, Ministério da Saúde, Governo do Estado de São Paulo, Instituto Pasteur e Unesp. O projeto prevê quatro anos de ações contínuas.
As coleiras distribuídas gratuitamente contêm repelente que afasta o mosquito-palha, transmissor da doença. A cada seis meses, elas são substituídas e os cães com mais de seis meses passam por coleta de sangue para exames.
Sobre a doença
A leishmaniose visceral é uma doença grave, causada pela picada do mosquito-palha. Em humanos, os sintomas incluem febre prolongada, aumento do fígado e do baço, perda de peso, fraqueza e anemia. O diagnóstico precoce é fundamental, pois a doença tem tratamento e cura quando identificada a tempo.