Araçatuba registra oito mortes por H1N1 em 2025 e alerta para baixa vacinação contra a gripe

Araçatuba enfrenta uma preocupante escalada de casos graves de influenza A (H1N1) em 2025. A Secretaria Municipal de Saúde confirmou, nesta terça-feira (1º), mais duas mortes causadas pela doença, elevando o total para oito óbitos no ano.

As vítimas mais recentes são dois homens, de 48 e 78 anos, que faleceram nos dias 27 e 30 de junho, respectivamente. Ambos apresentavam comorbidades e estavam internados em hospitais da cidade. Segundo o Departamento de Vigilância Sanitária e Epidemiológica, nenhum dos oito pacientes que vieram a óbito havia tomado a vacina contra a gripe.

O avanço da doença acontece em meio à baixa adesão da população à campanha de vacinação. Mesmo com estratégias como a ampliação do horário de atendimento nas UBSs, vacinação em escolas, empresas e eventos públicos, apenas 38,54% do público-alvo foi imunizado até o último balanço. Isso representa pouco mais de 47 mil pessoas vacinadas, número considerado insuficiente para frear a disseminação do vírus.

A maior parte das doses foi aplicada em pessoas dos grupos prioritários, como crianças, idosos e pessoas com doenças crônicas. Entre o público geral, foram pouco mais de 14 mil doses aplicadas.

As autoridades de saúde alertam para o risco de agravamento dos casos durante o inverno, período de maior circulação de vírus respiratórios. A diretora do Departamento de Vigilância Sanitária e Epidemiológica, Priscila Cestaro, reforça a importância da vacinação e das medidas preventivas. “Estamos intensificando as ações, mas a adesão segue muito abaixo do necessário”, lamenta.

A vacina segue disponível gratuitamente em todas as Unidades Básicas de Saúde de Araçatuba, de segunda a sexta-feira, das 7h às 19h. Três UBSs – Morada dos Nobres, Planalto e Umuarama 2 – funcionam com horário estendido até 22h. Nos fins de semana, a imunização é realizada nas UBSs Morada dos Nobres e Umuarama 2, das 8h às 17h.

Além da vacinação, a população é orientada a manter medidas de prevenção como higienização frequente das mãos, uso de máscara em locais com aglomeração e a busca imediata por atendimento médico ao surgirem sintomas como febre alta persistente, falta de ar e dor no peito.