Secretaria Municipal de Saúde de Araçatuba registra 28 casos positivos de chikungunya em cinco meses

 A situação atual configura surto, segundo critérios epidemiológicos, quando há mais de dois casos positivos na mesma região.

Os bairros com maior incidência foram Paraíso (5 casos), Planalto (4), Vila Mendonça (3), Residencial Beatriz (2) e São Joaquim (2). Outras 12 localidades, como Guanabara, Umuarama e Centro, também apresentaram registros.

A diretora de Vigilância Sanitária e Epidemiológica, Priscila Cestaro, relaciona o avanço da chikungunya à explosão de casos de dengue no início do ano. De janeiro a maio, a cidade notificou mais de 27 mil suspeitas, com 10.009 confirmações e nove mortes. O mosquito Aedes aegypti, vetor das duas doenças, encontrou condições ideais para se multiplicar com o calor e as chuvas intensas dos primeiros meses do ano.

Apesar de não ter provocado óbitos, a chikungunya preocupa pelo impacto na qualidade de vida. A doença causa febre alta, dores articulares intensas e pode deixar sequelas por meses ou até anos. Por isso, a Secretaria de Saúde reforça o apelo à população para colaborar com as ações preventivas.

Equipes de agentes comunitários e de combate às endemias seguem realizando visitas diárias em toda a cidade, com ações casa a casa para eliminação de criadouros e orientações. Em locais com confirmações, é aplicada a nebulização.

“É fundamental que os moradores recebam os agentes e mantenham os quintais limpos. O combate ao mosquito precisa ser constante e coletivo”, destaca Priscila.

Além da atuação nas residências, a prefeitura articula uma força-tarefa para vistoriar imóveis fechados, com apoio do Conselho Regional de Corretores de Imóveis (Creci-SP). A operação ocorre de 10 a 12 de junho e terá foco especial na identificação de focos do Aedes em casas abandonadas e terrenos baldios, onde a proliferação costuma ser intensa e silenciosa.

Sinais de alerta e cuidados

Tanto a dengue quanto a chikungunya compartilham sintomas como febre, dor de cabeça, dores no corpo, mal-estar e náuseas. A orientação é buscar imediatamente atendimento médico e evitar a automedicação. A detecção precoce é essencial para reduzir complicações.

Com a chegada do inverno, a tendência é de queda nas chuvas, mas o combate ao mosquito não pode parar. Mesmo com temperaturas mais amenas, os criadouros continuam ativos, especialmente em ambientes urbanos com água acumulada.

O cenário reforça a necessidade de vigilância e ação contínua. Em Araçatuba, saúde pública e prevenção caminham lado a lado — e cada morador tem papel essencial nessa luta.