Câmara de Andradina quer equiparação salarial ao mínimo paulista para servidores municipais
Requerimento da Câmara de Andradina pressiona Prefeitura por salários mais justos a servidores de base

A Câmara Municipal de Andradina aprovou por unanimidade um requerimento que cobra da Prefeitura estudos técnicos e planejamento para a equiparação dos salários dos servidores municipais que hoje recebem com base no salário mínimo nacional ao valor do salário mínimo paulista — atualmente mais elevado.
A medida, inicialmente proposta pela bancada do MDB, representada pelos vereadores Professor Klebinho e Hugo Zamboni, ganhou força ao ser encampada por todos os parlamentares da Casa, culminando no pedido formal apresentado pelo presidente da Câmara, Edgar Dourado (PSDB). O documento foi encaminhado ao Executivo como uma ação conjunta do Legislativo, demonstrando respaldo político unânime à causa.
O requerimento levanta uma série de questionamentos à Prefeitura: quantos servidores hoje estão vinculados ao salário mínimo nacional; se há estudos em andamento para viabilizar a equiparação; e se o Executivo está disposto a abrir um processo técnico-administrativo para avaliar o impacto orçamentário da proposta.
Além disso, os vereadores solicitaram informações sobre eventuais propostas semelhantes já apresentadas em anos anteriores e se há viabilidade financeira para uma implantação gradual da medida. Também cobram uma sinalização da Prefeitura sobre a possibilidade de encaminhar um projeto de lei com esse objetivo e quais políticas têm sido adotadas para a valorização dos trabalhadores com os menores vencimentos na estrutura pública.
O texto do requerimento enfatiza que a equiparação ao mínimo paulista seria uma forma concreta de valorização dos servidores da base, promovendo reconhecimento, motivação e justiça social. Os autores destacam ainda que a medida encontra respaldo em dispositivos constitucionais, como o artigo 7º, inciso IV, e o artigo 39, parágrafo 1º, inciso III, que asseguram remuneração digna aos servidores públicos.
A iniciativa do Legislativo traz à tona o debate sobre a desigualdade de salários dentro da própria administração municipal e reforça a mobilização da Câmara em defesa da justiça salarial, especialmente em um cenário de alta do custo de vida e aumento da defasagem enfrentada por trabalhadores da base do funcionalismo. A expectativa agora é por uma resposta concreta da Prefeitura sobre os próximos passos.