Dólar opera em alta com exterior

Dólar opera em alta com exterior

Foto: Agência Brasil
Foto: Agência Brasil

O dólar opera em alta nesta quarta-feira (18), depois de ter recuado quase 1% na véspera, em sintonia com a moeda norte-americana no exterior e com os investidores na expectativa pelo discurso da presidente do Federal Reserve (banco central dos EUA), Janet Yellen, para obter pistas sobre a trajetória dos juros.

Às 15h50, a moeda norte-americana subia 0,36%, vendida a R$ 3,2240. Na máxima até agora, a moeda marcou R$ 3,2314. 

Acompanhe a cotação ao longo do dia:
Às 9h10, alta de 0,52%, a R$ 3,2294
Às 9h59, alta de 0,19%, a R$ 3,2187
Às 10h40, alta de 0,19%, a R$ 3,2188
Às 10h59, alta de 0,¨%, a R$ 3,2221
Às 11h29, alta de 0,29%, a R$ 3,2218
Às 13h30, alta de 0,14%, a R$ 3,2172
Às 14h29, alta de 0,31%, a R$ 3,2225
Às 15h09, alta de 0,38%, a R$ 3,2246

Cenário externo
"O mercado está propenso à alta do dólar por causa da possibilidade de maior risco à frente, há um movimento de hedge pelos investidores", destacou o trader da Ourominas Corretora Maurício Gaioti, à Reuters, ao lembrar da posse do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, na sexta-feira.

Para esta quarta-feira, a agenda de indicadores norte-americana também impunha um pouco de cautela aos agentes.

Serão divulgados dados como os preços ao consumidor e a produção industrial norte-americanos, ambos de dezembro, além do Livro Bege. O mercado também estará atento à fala da chair do Fed, Janet Yellen. No entanto, isso se dará após o encerramento da sessão, com eventual impacto na quinta-feira.

Desde que Trump foi eleito presidente dos Estados Unidos, o mercado passou a ver mais chances de um movimento mais forte de aperto monetário no país, já que em sua campanha ele prometeu gastos maiores em infraestrutura e cortes de impostos.

Até o momento, Trump não deu sinais de como será o seu governo, daí a ansiedade em relação à sua posse e ao seu primeiro discurso. Se o cenário de campanha se confirmar, o dinheiro aplicado em outros países como o Brasil poderá se endereçar aos Estados Unidos, de olho nos juros mais elevados em ambiente de menor risco.

No exterior, o dólar subia ante uma cesta de moedas e divisas emergentes, como o peso mexicano, rand sul-africano e lira turca MTRY.

Atuação do BC
Internamente, no entanto, a alta do dólar ante o real era contida por causa do novo leilão de swap cambial tradicional --equivalente à venda futura de dólares-- que o Banco Central realiza nesta manhã.

Será o segundo leilão para rolagem dos contratos que vencem em fevereiro --o primeiro aconteceu na véspera--, com oferta de até 12 mil contratos.

"Com o swap, o BC mandou o recado de que está vigilante em relação ao câmbio e isso ajuda a segurar as cotações", disse Gaiti.

Na terça-feira, tanto o presidente do BC, Ilan Goldfjan, quanto o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, falaram sobre câmbio. Os dois dão entrevista nesta quarta-feira em Davos, na Suíça, onde participam do Fórum Econômico Mundial. Ilan afirmou que a autoridade monetária poderá sempre fornecer hedge a empresas devido às grandes reservas que possui se os mercados não estiverem funcionando bem e se houver problemas de liquidez. E Meirelles disse que há conforto em relação ao patamar atual do dólar, o que reforça a sinalização do BC de que atua para conter a volatilidade e não controlar o nível de preço do dólar. 

Na véspera, o dólar caiu 0,8% frente ao real, a R$ 3,2124, depois de ter acumulado ganho de 1,98% nos dois pregões anteriores. No acumulado do ano, o dólar recua 1,14%.

 

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